Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Edson Linhares da |
Orientador(a): |
Magalhães, Alexandre Almeida de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271986
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Resumo: |
Esta pesquisa se dedica à investigação da cultura hip-hop, com foco especial no rap, estabelecendo-o como uma ferramenta estratégica adotada pela negritude para enfrentar o racismo antinegro no contexto brasileiro. Para atingir esse objetivo, utilizamos como campo o Programa Território Hip-Hop, uma iniciativa promovida pela prefeitura de São Paulo. Iniciamos com Observação Participante, permitindo vivenciar e compreender as dinâmicas e interações dos/as jovens negros/as e periféricos atuantes no programa. Posteriormente, organizamos um Experimento envolvendo dois Grupos Focais e Entrevistas semiestruturadas com alguns/mas desses/as adolescentes, captando perspectivas e conhecimentos situados onde as músicas surgiram como provocação. Essas abordagens no processo de produção de dados resultaram em uma análise sólida e fundamentada, fornecendo informações valiosas sobre o potencial do rap como recomposição de humanidade nas vivências, resistência e sobrevivência. No referencial teórico, este trabalho se baseia nas perspectivas da proposta Decolonial e das teorias Pós-coloniais, Afropessimista e do hip-hop studies, combinando essas diferentes linhas de pensamento para uma compreensão mais aprofundada das dinâmicas analisadas. Como resultado, os dados produzidos revelaram evidências de que o rap transcende a categorização de gênero musical; ele pode ser considerado também um modo de existência, linguagem, conjunto de valores e, sobretudo, um produtor de conhecimento. Dessa forma, rappers, ao desafiarem o status quo, assumem o compromisso de se apresentarem como verdadeiros/as intelectuais e representantes de uma parcela significativa da população brasileira que luta para ser ouvida diante dos desafios sociais e políticos que enfrenta. |