Comunicação organizacional na gestão do trabalho : papéis dos gestores de equipe e natureza da comunicação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Cássia Aparecida Lopes da
Orientador(a): Baldissera, Rudimar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132716
Resumo: No atual contexto de transformações - resultantes e/ou fortemente impactadas pela potencialidade das tecnologias de comunicação e informação (TCIs) - o trabalho se caracteriza menos como matéria concreta e mais como conhecimento, exigindo que as organizações, para atingir seus objetivos, empreendam altos esforços a fim de manter os empregados integrados em fluxos de comunicação e informações. Dentre outras coisas, isso tem exigido importantes investimentos em práticas mais interativas de comunicação com empregados e no desenvolvimento dos gestores de equipes. Nessa direção, o principal objetivo deste estudo é compreender as práticas de comunicação entre organização e empregados intermediadas pelos gestores e suas relações com a cultura organizacional. Para isso, além dos fundamentos do Interacionismo Simbólico, em particular as noções de interação (MEAD, 2008; BLUMER, 1980) e representação de papéis (GOFFMAN, 1996), articulamos base teórica multidisciplinar que permite refletirmos sobre as transformações do trabalho como atividade produtiva (CORTELLA, 2010; SENNET, 2006; MAXIMIANO, 2000; DE MASI, 1999; CORSANI, 2003; HARDT e NEGRI, 2005), passando pela noção de cultura (GEERTZ, 1989) e pelas relações de poder inerentes às interações. Também nos dedicamos à compreensão sobre comunicação organizacional (BALDISSERA, 2004; 2014b) e cultura organizacional (SCHEIN, 2009; FLEURY, 2013; BALDISSERA, 2014a), bem como à noção de liderança (BERGAMINI, 2009; FREITAS, 2010; COSTA, 2014). A pesquisa empírica compreendeu doze entrevistas com gestores de equipes que atuam em organizações reconhecidas no Rio Grande do Sul e os relatos foram interpretados com o emprego dos procedimentos de Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011). Evidenciamos que os gestores têm consciência de sua responsabilidade na comunicação entre organização e empregados, mas tendem a reduzi-la a processos de transmissão de informações em sentido descendente e, para isso, estão atentos às particularidades e subjetividades dos subordinados. Nesse sentido, desempenham os papéis de transmissores, persuasores, auscultadores, repressores, controladores e legitimadores, em processos comunicacionais que tendem a se caracterizar, fundamentalmente, como informativos, disciplinares e/ou opressivos.