Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Cláudia de Melo |
Orientador(a): |
Michalowski, Mariana Bohns |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/254431
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Resumo: |
Introdução: O ano de 2020 foi marcado pela rápida expansão mundial de um novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, cuja alta transmissibilidade desafiou a Saúde Pública. A doença confere sintomas como febre, tosse, dor de cabeça e, em casos mais graves, síndrome de desconforto respiratório agudo e disfunção de múltiplos órgãos. Pacientes portadores de hemoglobinopatias foram incluídos como grupo de risco de desenvolvimento da doença. Entre as hemoglobinopatias, a Doença Falciforme (DF) é a mais frequente no Brasil. A cada ano estima-se que nasçam 1000 crianças com DF. A predisposição à oclusão vascular e complicações em órgãos nessa população específica, além da frequente condição clínica da Síndrome Torácica Aguda (STA), faz com que pacientes portadores de hemoglobinopatias tenham uma maior suscetibilidade de desenvolverem complicações respiratórias com outras doenças. Diante do cenário de pandemia mundial, questionou-se então, sobre como seria a sobreposição da manifestação clínica da doença pulmonar do COVID 19, em pacientes portadores de hemoglobinopatias, sobretudo Doença Falciforme. Objetivo: analisar as manifestações clínicas da COVID-19 em pacientes pediátricos portadores de hemoglobinopatias. Metodologia: estudo clínico multicêntrico observacional com coleta de dados prospectiva e análises retrospectivas realizado entre abril a dezembro de 2020, incluindo crianças entre 0 e 18 anos portadoras de Hemoglobinopatias e diagnóstico de COVID19 em 5 centros das regiões centroeste, sudeste e sul do país. Os registros dos dados foi realizado através do software Redcap® . As variáveis registradas incluiam sintomas clínicos, método diagnóstico, medidas terapêuticas e local de tratamento. As repercussões clínicas da infecção no tratamento inicial e no prognóstico geral foram avaliadas. Os dados descritivos foram reportados por meio de porcentagem ou valores de tendência central e dispersão conforme cada caso. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e submetido Plataforma Brasil - CAAE 33532320.4.1001.5327. Resultados: foram incluídas vinte e cinco crianças não vacinadas de 4 a 17 anos com Doença Falciforme e resultado positivo de RT-PCR para SARS-CoV-2. Os pacientes foram classificados como Doença Falciforme tipo SS (n=20, 80%) e SC (n=5, 20%). As características clínicas e a evolução foram semelhantes nos dois grupos (p> 0,05), exceto pelo valor de hemoglobina fetal que foi maior entre os pacientes SC (p=0,025). Três crianças foram admitidas na unidade de terapia intensiva (UTI), todas com sobrepeso/ obesidade (p=0,078). Não foram observadas mortes. Conclusões: os resultados apresentados nesta amostra sugerem que a COVID-19 não acarretou um maior risco de mortalidade em pacientes pediátricos com Doença Falciforme. |