A influência da confiança do decisor no risco percebido e no processo decisório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Costa, Ricardo Simm
Orientador(a): Freitas, Henrique Mello Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/30136
Resumo: Decisões complexas, onde os fatores levados em consideração não são inteiramente conhecidos, colocam o decisor em um contexto de incerteza, abrindo margem para a manifestação de critérios subjetivos de decisão. Assim, a confiança em quem endossa uma determinada decisão pode mostrar-se um elemento importante na percepção do risco envolvido na decisão e no comportamento do decisor. Alguns teóricos enfatizam que situações de risco criam a necessidade de confiança, outros autores argumentam que o risco é um resultado da confiança. É objetivo desta tese verificar a influência da confiança no grau de risco percebido, na disposição em assumir o risco percebido e na manifestação individual de uma decisão em um contexto complexo para seleção de alternativas. Assim, parte-se da relação entre controle, intenção e comportamento estabelecida na Theory of planned Behavior (TPB) e incorporam-se os construtos risco e confiança. Para verificação empírica, criou-se um jogo de investimentos no mercado de ações para observar o comportamento decisório dos participantes. No jogo, os 145 participantes qualificados foram submetidos a relatórios de três diferentes autores (com currículos que inspiravam diferentes níveis de confiança), que endossavam a compra de ações de três diferentes empresas. Ao longo das atividades, os participantes eram submetidos a questionários (validados em um estudo piloto) para mensuração (1) da sua propensão ao risco e à confiança, (2) do seu grau de confiança no autor de cada relatório, (3) do risco percebido na compra da ação endossada no relatório e (4) da intenção em comprar determinada ação. De modo a dar suporte à teoria da base, o comportamento era medido a partir da efetiva decisão em comprar a ação de uma das três empresas determinadas. Como resultado, verificou-se que a confiança tem papel importante na formação do risco percebido somente para os indivíduos com baixa propensão ao risco. Por meio da relação estreita entre confiança e o controle percebido pelo decisor sobre seu comportamento, verificou-se empiricamente que a confiança pode atuar como substituta do controle nas relações, e que o risco afeta diretamente o comportamento. Ao final, discute-se sobre a aderência do modelo proposto ao comportamento verificado no jogo de investimentos e sugerem-se alguns encaminhamentos a partir dos resultados encontrados.