Aspectos sanitários da ovinocultura leiteira: um estudo de caso em Santa Catarina, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Escopelli, Karla Scola
Orientador(a): Schmidt, Verônica
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/108175
Resumo: A criação de ovinos para produção de leite no Brasil tem crescido nos últimos anos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a sanidade de ovinos leiteiros. Para tanto, utilizou-se como metodologia o estudo de caso exploratório e selecionou-se como população o maior rebanho ovino com produção leiteira do país, no município de Chapecó, SC. Avaliaram-se aspectos sanitários relacionados à produção leiteira determinando-se a ocorrência de mastites e a composição do leite; determinou-se a prevalência de resposta imune para Toxoplasma gondii e Neospora caninum utilizando RIFI, em ovelhas em idade reprodutiva e cordeiras; avaliou-se o status parasitológico de parasitoses gastrintestinais em fêmeas lactantes e não lactantes pelo teste de Gordon & Whitlock (OPG) e, pela técnica de Robert & O'Sullivan (Coprocultura), identificaram-se os principais parasitos de ocorrência para o rebanho em estudo. Das 24 ovelhas analisadas, 3 (12,5%) apresentaram resposta (3 cruzes) ao California Mastitis Test em um dos tetos, pelo menos uma vez, durante a lactação. Embora nenhum animal tenha apresentado quadro clínico, verificou-se crescimento bacteriano em (22) 12,3% amostras de leite, com predomínio de Staphylococcus coagulase negativa. Verificou-se variabilidade na CCS (2,3x104 a 9,5x106 células.mL-1) entre os animais e entre os meses de lactação. No leite de mistura determinou-se acidez de 25 e 26 ⁰D, estabilidade ao álcool entre 52 a 56⁰GL, CCS de 9,7x105 a 1,7x106 cél.mL-1 e contagem bacteriana de 2x103 a 3x103 ufc.mL-1. Verificou-se resposta imune para T. gondii nas diluições de 1:64 (24,58%), 1:128 (12,29%), 1:256 (6.64%), 1:512 (3,32%) e 1:1024 (2,32%). As ovelhas foram sororreagentes, também, para N. caninum (10,63%) na diluição de 1:50. Determinou-se que a parasitemia foi significativamente (p=0,0018) maior nas fêmeas lactantes e Haemonchus spp. foi o parasito de maior ocorrência, sendo observado em 100% dos animais parasitados. Os resultados observados permitem concluir que as infecções da glândula mamária devem ser melhor estudadas para o estabelecimento, inclusive, de parâmetros de normalidade do leite para espécie ovina. Entretanto, as enfermidades de origem parasitária destacam-se como problema sanitário na produção de ovinos leiteiros. Estudos sobre enfermidades de repercussão na produtividade de ovinos leiteiros ainda são escassos no Brasil e necessitam cada vez mais de atenção, tendo em vista o crescimento desta cadeia produtiva no país.