Marcadores tumorais bioquímicos e imunocitoquímicos em efusões neoplásicas caninas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Teixeira, Luciele Varaschini
Orientador(a): Diaz Gonzalez, Félix Hilário
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/48966
Resumo: As efusões cavitárias são de ocorrência frequente na rotina clínica de cães. Na maior parte dos casos são efusões benignas, causadas por distúrbios hidrostáticos do sistema circulatório. As neoplasias são causas comuns de efusões em cães, contudo, nem sempre as células tumorais são encontradas no exame citopatológico. A dosagem de marcadores tumorais e o exame imunocitoquímico são alternativas para tornar o diagnóstico de neoplasia em efusões mais preciso. Os objetivos deste trabalho foram dosar os seguintes marcadores tumorais bioquímicos: antígeno carcinoembrionário (CEA), antígeno associado a câncer 72-4 (CA 72-4) e fragmento de citoqueratina 21-1 (CYFRA 21-1), que ainda não tiveram seu desempenho avaliado em efusões neoplásicas e não neoplásicas caninas, bem como marcadores imunocitoquímicos que incluem dois novos anticorpos primários (MOC-31 e D2-40) para a diferenciação entre carcinoma e mesotelioma. Trinta e duas amostras de líquidos cavitários abdominais e torácicos, provenientes do atendimento clínico do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul foram analisadas. De acordo com o exame citopatológico e ficha clínica do animal essas efusões foram classificadas em dois grupos: neoplásico e não neoplásico. A dosagem dos marcadores tumorais foi realizada pelo método imunoenzimático sanduíche (ELISA), conforme as instruções dos fabricantes. Para a avaliação imunocitoquímica foram utilizadas 14 amostras de efusões neoplásicas. A técnica foi realizada pelo método estreptavidina-biotina ligada a peroxidase ou a fosfatase alcalina, utilizando-se como cromógeno o DAB. Os marcadores tumorais CEA e CA 72-4 não tiveram resultados significativos na diferenciação entre efusões neoplásicas e não neoplásicas, enquanto que o CYFRA 21-1 obteve sensibilidade de 70%, especificidade de 94% e acurácia de 81% para o diagnóstico neoplásico. Em todas as amostras neoplásicas, imunocitoquímica e citopatologia foram compatíveis, verificando-se como válida a padronização dos novos anticorpos para a espécie canina. Este estudo demonstrou que novos marcadores tumorais, tanto bioquímicos como imunocitoquímicos, podem ser empregados no diagnóstico de neoplasias caninas. O marcador tumoral CYFRA 21-1 deve ser utilizado como auxílio diagnóstico para a espécie canina e os anticorpos MOC-31 e D2-40 devem ser incluídos em painéis imunocitoquímicos de rotina para a diferenciação entre carcinomas e mesoteliomas em efusões neoplásicas.