Formação de aerênquima esquizo-lisígeno nas raízes de Nymphoides humboldtiana (Kunth) Kuntze (Menyanthaceae) : ontogenia e caracterização química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Trevisan, Maria Elenice Alves
Orientador(a): Mastroberti, Alexandra Antunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281685
Resumo: O aerênquima é um tecido com grandes lacunas de ar que permite a circulação contínua de gases no interior da planta. Este tecido é muito comum em plantas aquáticas ou sujeitas ao alagamento, porém apresenta diferentes arquiteturas ou padrões morfológicos. Interessantemente, plantas com o mesmo tipo estrutural de aerênquima podem apresentar processos de formação distintos, ou seja, podem ser formados por esquizogenia (separação celular), lisigenia (morte celular) ou expansigenia (divisão seguido de expansão celular). Nymphoides humboldtiana é uma planta aquática comum nas lagoas brasileiras e, embora a arquitetura do aerênquima neste gênero tenha sido tema de alguns trabalhos, ainda há dados controversos sobre os processos de sua formação na raiz. A identificação do tipo de aerênquima dessa espécie é controversa na literatura, sendo identificado tanto como esquizógeno quanto lisígeno. Nesta dissertação, foi identificado o tipo de formação de aerênquima, incluiu-se também a identificação de compostos da parede celular através da imunocitoquímica, pois a parede celular tem papel fundamental na adesão celular e a identificação desses polímeros comparando as células formadoras do aerênquima com as células intactas da região do córtex durante formação do aerênquima podem ser fundamentais para o entendimento desses processos. N. humboldtiana foi coletada em lagoas do litoral norte do Rio Grande do Sul. As raízes foram processadas para análises em microscopia de luz em campo claro e testes imunocitoquímicos foram feitos sob microscopia de fluorescência. Na investigação da anatomia da raiz de N. humboldtiana, encontrou-se evidências de formação de aerênquima do tipo esquizo-lisígeno. Além disto, os resultados também demonstraram que durante processo de diferenciação celular ocorre perda de componentes estruturais da parede celular. Algumas pectinas, hemiceluloses e proteínas não foram observadas no estádio de maturação em células que sofrem alongamento celular e/ou colapso, diferentemente do que ocorrem nos demais estádios de desenvolvimento da raiz. Estes achados indicam que as células da raiz, durante o processo de amadurecimento, sofrem lisigenia.