Monitoramento terapêutico da ciclosporina em pacientes pediátricos submetidos a transplante de medula óssea no HCPA por abordagem farmacocinética populacional (popPK)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Daiane Maria Fonseca de
Orientador(a): Dalla Costa, Teresa Cristina Tavares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217640
Resumo: Introdução: A terapia de imunossupressão no transplante de órgãos é fundamental para evitar que o sistema imunológico do receptor reaja contra o enxerto transplantado. A ciclosporina A (CsA) é utilizada como profilaxia na prevenção de doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) que acomete os pacientes submetidos ao transplante de célula tronco hematopoiética (TCTH). Devido à alta variabilidade inter e intraindividual nos parâmetros farmacocinéticos, a toxicidade grave e a estreita janela terapêutica, recomenda-se o monitoramento terapêutico (MTF) da CsA. O MTF feito com auxílio dos métodos tradicionais apresentam desvantagens, principalmente em crianças submetidas ao TCTH. O uso da farmacocinética populacional (popPK) auxilia na melhor individualização das doses, pois os modelos popPK incluem as covariáveis que influenciam na exposição ao fármaco. Objetivo: Desenvolver modelo popPK para CsA em pacientes pediátricos submetidos TCTH alogênico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Materiais e Métodos: Projeto aprovado no CEP/HCPA. Pacientes submetidos ao TCTH com idade 1-18 anos (n = 5) foram incluídos no estudo. Pacientes receberam dose 2-4 mg/kg de CsA por infusão continua com início dois dias antes do transplante. Quando ocorreu a enxertia a administração foi trocada para via oral, na dose de 2-4 mg/kg. As amostras de sangue total foram coletadas esporadicamente a partir de 4-5 dias após o início do tratamento e na primeira dose oral e CsA foi quantificada por quimiluminescência. Analise farmacocinética populacional foi realizada no software NONMEN® (v. 7.4). Resultados: Modelo de um-compartimento com absorção e eliminação de primeira ordem melhor descreveu os dados, com os seguintes parâmentos farmacocinéticos: clearance 9.75 L/h, volume de distribuição 16.9 L, constante de absorção 0.55 h-1 e biodisponibilidade de 69%. Nenhuma covariável foi adicionada ao modelo. Variabilidade interindividual foi atribuída ao clearance e biodisponibilidade. Simulações com biodisponibilidades variando entre 30-80% mostraram que a dose oral utilizada no protocolo da CsA em pediatria podem ser supraterapêuticas no pico e subterapêuticas no vale de 12 horas. Conclusão: Os resultados preliminares demonstram a necessidade de revisão da posologia oral da CsA usada na pediatria do HCPA.