Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rossi, Júlia Brusso |
Orientador(a): |
Ruhoff, Anderson Luis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/262633
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Resumo: |
A evaporação é um dos componentes mais importantes do ciclo hidrológico, podendo afetar significativamente a disponibilidade de água em lagos e reservatórios, e com isso, o abastecimento de água para a população, agricultura, geração de energia, entre outros usos. O Brasil possui uma área de aproximadamente 45.500 km² ocupada por corpos d’água artificiais, sendo que os reservatórios possuem papel fundamental na geração de energia elétrica do país. A evaporação líquida (evaporação do reservatório menos a evapotranspiração do entorno) representa o uso adicional de água promovido pelo próprio reservatório. Estimativas precisas de evaporação do lago e evaporação líquida são essenciais para a gestão de recursos hídricos; apesar disso, as medições em campo de evaporação em reservatórios são escassas. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo estimar a taxa de evaporação de águas abertas (Ew) e a evaporação líquida em reservatórios brasileiros, a partir de sensoriamento remoto. Foram utilizadas estimativas de evaporação de cinco modelos, baseados em sensoriamento remoto: geeSEBAL, SSEBop, SELET, MOD28C3 e a equação de Shuttleworth. Entre os métodos existentes para estimar a evaporação, destacam-se os métodos baseados em balanço de energia (e.g. geeSEBAL, SSEBop, SELET), que utilizam produtos de temperatura de superfície para obter as estimativas dos fluxos energéticos entre a superfície e atmosfera. A evaporação, e suas incertezas, foram estimadas para os maiores reservatórios pertencentes ao Sistema Interligado Nacional – SIN, totalizando 74 reservatórios com área maior do que 50 km², o que representa quase 70% da área ocupada por massas d’água artificiais no Brasil. Os resultados indicaram que os modelos representaram de forma satisfatória a evaporação e a evaporação líquida nos reservatórios. Para os reservatórios analisados, a evaporação total foi estimada em cerca de 46,6 ± 1.0 km³ por ano (cerca de 8% do volume total dos reservatórios analisados), e a evaporação líquida em 16,4 ± 0.5 km³ por ano (cerca de 27% da retirada de água total em 2021 no Brasil). Os reservatórios com maior taxa evaporativa estão localizados na região do semiárido. Os reservatórios localizados em climas secos (semiárido) apresentaram maior evaporação líquida do que reservatórios em clima tropical e subtropical. Os resultados demonstram a relevância da aplicação de métodos de balanço de energia combinados com dados de sensoriamento remoto para estimar a evaporação de reservatórios em escala nacional, contribuindo para a gestão de recursos hídricos em reservatórios e para a promoção da segurança hídrica. |