Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ferraboli, Sílvia Fátima |
Orientador(a): |
Beghetto, Mariur Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249407
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Resumo: |
Introdução: A confirmação do posicionamento da ponta distal da sonda enteral é essencial para garantir o acesso enteral seguro. Neste sentido, a realização de radiografia como exame de imagem é mandatória e considerada como “padrão ouro”. Entretanto, a ultrassonografia (US) realizada à beira do leito por enfermeiros treinados, assim como seu uso para outras finalidades, pode ser uma alternativa promissora. Ainda assim, não se dispõe de referências robustas que demonstrem a concordância entre a realização de ultrassonografia por enfermeiros para tal finalidade à realizada por médico habituado à técnica. Objetivo: verificar a concordância entre observadores (médico e enfermeira) na realização de US para detecção do posicionamento da sonda enteral. Método: estudo transversal, realizado de janeiro a abril de 2021, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC). Foram avaliados pacientes adultos, de ambos os sexos, com indicação de instalação de SNE na UTI; com exceção daqueles que apresentassem condições clínicas ou cirúrgicas que impedissem o exame do abdome por US, ou alterações anatômicas conhecidas do trato digestório. As avaliações foram realizadas em duplicata, de modo independente, por um médico intensivista, com experiência em uso de US point-of-Care e com prática na utilização de US para verificação do posicionamento de SNE, e por uma enfermeira, especialista em terapia intensiva, com experiência no uso de US para procedimentos de enfermagem e com treinamento específico para avaliação de posicionamento da SNE por US. Os mesmos pacientes foram avaliados, em momentos imediatamente consecutivos, estando os avaliadores cegos para a avaliação oposta à sua. Após cada uma das avaliações em duplicata, foi realizada uma reunião de consenso, quando a imagem gerada pela enfermeira foi também avaliada pelo médico, que julgava se a impressão da enfermeira quanto ao posicionamento estava correta e concordante com a sua. Os dados acerca da avaliação da enfermeira foram coletados em formulário próprio. Para fins de análise, os dados oriundos dos formulários de cada avaliador foram digitados em banco de dados e analisado utilizando-se os softwares SPSS e Rstudio®. A concordância entre observadores foi avaliada por meio do coeficiente de Kappa corrigido (PABAK), bem como seus intervalos de confiança. O estudo foi aprovado quanto aos seus aspectos éticos e metodológicos (CAE:39161820.8.0000.5530). Resultados: foram realizadas 30 avaliações em duplicata, em 30 pacientes, cuja média de idade foi de 52 ±14,6 anos, 60% eram homens e, em sua maioria (80%), sob ventilação mecânica invasiva; o principal motivo para admissão na UTI foi COVID-19. Houve concordância quase perfeita entre os avaliadores (k = 0,93; IC95%: 0,93 – 1,00) e concordância perfeita (k=1, IC95%: 0,77 – 1,00) entre o raio-X de abdome e a US. As principais dificuldades encontradas na avaliação foram distensão abdominal (n=2), interposição de gás (n=3), tosse (n=1) e alteração do nível de consciência do paciente (n=1). Conclusão: obteve- se concordância quase perfeita entre médico e enfermeira na identificação do posicionamento da sonda enteral por meio de US Point-of-Care. Os achados sugerem tratar-se de uma técnica reprodutível, segura, prática e economicamente viável que pode ser empregada por enfermeiros capacitados, à beira do leito. |