Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Barreto, Guilherme Algemiro Manique |
Orientador(a): |
Schettini, Carlos Augusto França |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/56291
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Resumo: |
Ao longo do litoral de Santa Catarina ocorrem diversos estuários do tipo cunha salina, sendo os mais expressivos os dos rios Itajaí-Açu, Tubarão, Araranguá, Itapocú, Tijucas e Mampituba, por ordem decrescente de área de bacia hidrográfica. Os estuários altamente estratificados são, em geral, encontrados em regiões de alta contribuição de descargas fluviais e de micromaré, onde a variação máxima de maré não ultrapassa dois metros. São identificados por apresentar uma interface pronunciada de densidade entre a camada inferior e superior da coluna de água. A bacia hidrográfica do rio Araranguá está localizada no extremo sul de Santa Catarina. Esta bacia abrange 16 municípios, totalizando uma área de drenagem de aproximadamente 3020 km2 e o comprimento de seus cursos de água chega a 5.916 km. Uma campanha foi realizada no dia 10 de junho de 2008 na área de estudos. Durante esta campanha, foram instaladas duas estações de coleta de dados, a 7,5 km e 31 km da desembocadura e ambas localizadas no talvegue do canal visando obter dados de velocidade e direção de correntes, e variação do nível. Foram realizadas três perfilagens longitudinais com um CTD, as quais foram executadas em diferentes datas, tendo como início a desembocadura e realizando perfis pontuais a cada 1 km e estendido até 30 km. Para a complementação dos dados, foram obtidos ainda dados diários de descarga e cotas, entre os anos de 1943 e 2008 da estação fluviométrica Taquaruçú, localizada no Rio Itoupava a 16 km da junção com o Rio Mãe Luzia a qual da origem ao Rio Araranguá. Estes dados são disponibilizados pelo site da Agência Nacional de Água (ANA). Foram identificados ao longo dos períodos amostrais os principais eventos de alta e baixa descarga, visando identificar qual sua importância e a freqüência com a qual ocorrem. A partir desta informação, foram definidos três períodos mais relevantes para análise: “pico de média vazão”, “ausência de vazão” e “pico de alta vazão”. Os perfis longitudinais de salinidade demonstram a variabilidade da espessura da cunha salina. Ao analisar os padrões de circulação do estuário durante os três períodos abordados, é possível observar uma grande semelhança com o estuário do rio Itajaí-Açu, o qual tende a se comportar de duas maneiras em relação ao transporte de sedimentos: exportar grandes quantidades de sólidos em suspensão durante eventos de alta vazão (modo de transporte fluvial), e reter ou importar sedimentos da plataforma adjacente durante períodos de baixa vazão (modo de transporte marinho), no entanto, com menor importância devido a rasa desembocadura e à deriva litorânea. Durante o período de ausência de vazão, quando os efeitos da maré podem ser observados com clareza, foram obtidos valores de velocidade de correntes muito baixos e também muito semelhantes, tanto em sizígia quanto em quadratura. |