Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Walter, Clara Natalia Steigleder |
Orientador(a): |
Neves, Clarissa Eckert Baeta |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/30471
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Resumo: |
Ao transitarem os indivíduos estabelecem determinadas relações sociais que contribuem na produção e reprodução do espaço público de circulação. Na sociedade capitalista, essas relações sociais são permeadas por conflitos que, muitas vezes, se transformam nos chamados acidentes de trânsito. Historicamente, a problemática em torno dos acidentes e suas causas tem se centrado na figura do motorista, seu comportamento e, principalmente, a observância ao cumprimento ou não das leis de trânsito. O objetivo deste trabalho é discutir algumas dimensões destes conflitos a partir de uma perspectiva sociológica com ênfase no pedestre, uma vez que é a condição universalizante de deslocamento. A pesquisa empírica foi realizada através da aplicação de questionário em dois contextos urbanos diferenciados do ponto de vista sócio-econômico da cidade de Porto Alegre, que permitissem estabelecer uma análise comparativa entre os dois locais. Na análise são utilizados os conceitos de espaço público elaborado por Habermas e de representações sociais desenvolvido pela psicologia social, mas que tem sua origem no conceito de representações coletivas de Durkheim, buscando compreender como ocorre a elaboração do real pelo indivíduo. Para compreender sua ação ao transitar, utiliza-se a perspectiva de Giddens sobre o papel conhecedor do agente, uma vez que a possibilidade de conhecer está relacionada ao papel da linguagem e ao desenvolvimento da capacidade cognoscitiva do ser humano, contribuindo para um grau menor ou maior de reflexividade ao transitar. O estudo demonstrou que o nível de pertencimento ao trânsito difere dependendo da forma como as pessoas se deslocam e de como o espaço de circulação está organizado em diferentes locais da cidade. Essas diferenças se apresentam também na construção de representações sociais sobre o trânsito e o espaço de circulação e na maneira como são internalizadas as regras e as normas estabelecidas pela legislação, refletindo diferentes níveis de acesso a recursos sociais e econômicos. |