Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Leite Filho, Ronaldo Viana |
Orientador(a): |
Pavarini, Saulo Petinatti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/238620
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Resumo: |
Os aspectos epidemiológicos, patológicos e imuno-histoquímicos do linfoma em felinos no Sul do Brasil foram avaliados através de um estudo retrospectivo em um período de 12 anos (2004-2016). Em 1356 necropsias de felinos, 125 diagnósticos de linfoma foram revisados com intuito de determinar idade, raça e sexo, topografia tumoral, presença do vírus da leucemia felina (FeLV) e do vírus da imunodeficiência felina (FIV) e imunofenótipo do neoplasma por imuno-histoquímica, além da categorização dos tumores de acordo com o sistema da Organização de Saúde Mundial, aplicado para uso em animais. O linfoma alimentar (33,6%) foi a mais comum, seguido do linfoma mediastinal (28%). A imuno-histoquímica do tecido neoplásico revelou 50,4% de gatos positivos para FeLV e 21.6% positivos para FIV, e 52,8% dos linfomas consistiam de células T e 47,2% de células B. A faixa etária dos gatos com linfoma de células T variou de 10 a 240 (mediana 120) meses e 6 a 204 (mediana 60) meses para gatos com linfoma de células B; 90,4% dos gatos não tinha raça definida. Entre os linfomas alimentares, o linfoma de células T associado à enteropatia do tipo 1 foi o mais frequente e, entre os linfomas mediastinais, o linfoma difuso de grandes células B foi o principal tipo de linfoma encontrado. Considerando apenas linfomas mediastinais e alimentares, houve associação estatística significativa (p≤0,05) entre infecção por FeLV e as categorias de idade. A prevalência de linfoma mediastinal entre os gatos positivos para FeLV foi de 3,21 vezes a do linfoma mediastinal entre gatos negativos para FeLV. Embora não seja estatisticamente significativo, a prevalência de linfoma de células B entre os gatos positivos para FeLV foi 1,44 vezes maior que a prevalência de linfoma de células B entre os gatos negativos para FeLV. A respeito dos padrões histológicos de infiltração pulmonar pelo linfoma, avaliamos retrospectivamente 125 casos com diagnóstico de linfoma, nos quais 16 casos apresentaram infiltração pulmonar (12,8%). Desses casos, 9 gatos eram fêmeas e 7 machos e todos não tinham raça definida. As lesões macroscópicas observadas nos pulmões consistiram em massas (25%) e nódulos (18,7%). No entanto, a maioria dos casos (56,2%) não exibiu alteração macroscópica. O padrão de infiltração neoplásico peribronquial-vascular (93,7%) foi o mais frequente, seguido do pleural (56,2%), intersticial (50%), nodular (37,5%) e alveolar (12,5%), sendo que 75% dos linfomas tiveram mais do que um padrão de infiltração. Entre os linfomas que exibiram infiltração pulmonar, 14 (87,5%) casos foram identificados como linfoma de células B e 2 (12,5%) de células T; o linfoma difuso de grandes células B foi o tipo mais frequente, representando 56% desses casos. |