Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Arai, Mitsuru |
Orientador(a): |
Lemos, Valesca Brasil |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/8531
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Resumo: |
Esta tese constitui uma síntese de dados acerca das associações de dinoflagelados do Cretáceo do Brasil e introduz modelos para interpretações de naturezas paleobiogeográfica e paleoceanográfica para o Atlântico Sul primitivo. Os dinoflagelados, por constituírem o plâncton marinho em sua maioria, tendem a serem considerados como cosmopolitas. Entretanto, o fato que vem sendo constatado nas últimas décadas é de que uma parcela significativa de suas espécies é endêmica ou, senão, intimamente vinculada a um padrão biogeográfico que caracteriza um provincialismo. A evolução do padrão biogeográfico no decorrer do Cretáceo no Brasil, mais precisamente do Aptiano ao Maastrichtiano, relaciona-se ao processo de instalação do Atlântico Sul, intimamente ligado à separação dos continentes América do Sul e África. A diferenciação paleobiogeográfica observada no Aptiano foi ocasionada sobretudo em função das barreiras físicas que então coibiam a livre mistura das águas oceânicas entre o Atlântico Sul meridional e o resto do oceano ao norte. No decorrer do Albiano, houve início da mistura das águas austrais, vindas do sul, com aquelas tetianas, vindas do Atlântico Central. A partir do início do Senoniano (Coniaciano – Santoniano), o padrão de circulação oceânica deve ter adquirido uma feição similar à observada hoje, permitindo instalação de um fluxo marítimo semelhante ao da atual Corrente das Malvinas. Em função da mistura de águas, o provincialismo tendia a esmaecer no final do Cretáceo (Maastrichtiano), mas macrozonas oceânicas latitudinais, ditadas pela diferença de temperatura, persistiram. Além da reconstituição paleooceanográfica, o estudo de provincialismo traz nova luz à bioestratigrafia global, apontando os fósseis-guias adequadas para cada região do planeta. |