Fragmentos de um patrimônio: o desvanecer dos jardins históricos do Palácio Piratini, Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Daniela do Amaral da
Orientador(a): Durán Rocca, Luisa Gertrudis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/240063
Resumo: Esta pesquisa se propôs a valorizar os Jardins Históricos do Palácio Piratini como um patrimônio cultural para torná-los relevantes aos gestores do Palácio Piratini e às instituições que o tombaram em âmbito nacional e estadual. O Palácio Piratini é a sede executiva do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e está situado no centro histórico da cidade de Porto Alegre. A sua edificação é considerada uma das mais significativas da cidade, por seus valores histórico, artístico e documental. Nele se encontra um inventário com informações sobre a origem de seus diversos acervos. Porém não há qualquer registro sobre os seus Jardins, a escolha das espécies vegetais, o traçado dos canteiros, a instalação das esculturas, entre outros dados. A falta de documentação a respeito de sua implantação constitui uma lacuna sobre as transformações que aconteceram no decorrer de mais de um século. Assim, essa pesquisa, de abordagem qualitativa, sob a forma de um estudo de caso, se deu através de um percurso metodológico que envolveu a análise documental, acompanhada de uma pesquisa bibliográfica em torno de publicações relacionadas ao Palácio Piratini e aos jardins históricos. No que se refere à fundamentação teórica, foram essenciais para a conceituação de Jardim Histórico as Cartas patrimoniais de Atenas, Veneza, Florença e Juiz de Fora. Para interpretar os Jardins Históricos do Palácio Piratini recorremos à teoria de restauro de Cesare Brandi e à definição do Espírito do Lugar, além dos conceitos da área da Museologia como museália, musealidade e musealização. Destaca-se que os jardins estão presentes em diversas culturas, são planejados com finalidades distintas que vão desde a exaltação do poder econômico e político de seu proprietário, até a proteção, deleite, meditação, dentre outras motivações. Trata-se de intervenções na natureza a céu aberto, construídas em um determinado tempo e que, no decorrer de suas histórias, podem ser modificadas conforme a cultura e valores de cada local. São obras obra de arte arquitetônica, monumentos históricos e artísticos, documentos vivos, passíveis de serem musealizados in situ. Eles podem ser considerados acervos museológicos, catalogados, pesquisados e comunicados para o público. Conclui-se que a importância desses espaços verdes e com potencial museológico na conjuntura atual, vai além das questões patrimoniais, pois se refere ao respeito à natureza e ao homem, que é parte dela.