Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Lovania Roehrig |
Orientador(a): |
Menuzzi, Sérgio de Moura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/158329
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo discutir algumas das questões semântico- pragmáticas relacionadas com as descrições demonstrativas, especificamente aquelas ligadas aos usos dêiticos dessas expressões, os quais englobam, ao nosso ver, os usos dêiticos canônicos, os uso descritivos e os usos com referência deferida (NUNBERG, 1993, 2004; ELBOURNE, 2005, 2008). Para realizar nossas análises, utilizamos a semântica de situações (KRATZER, 1989) e as noções de situação default e situa_c~ao não-default (WOLTER, 2006). Para iniciar a investigação, no Capítulo 1, retomamos conceitos da abordagem de Kaplan (1989), uma das pioneiras em relação ao es- tudo dos demonstrativos. Além disso, também expomos os principais aspectos da teoria de Wolter (2006) { uma abordagem semântico- pragmática elegante que tenta explicar diferentes usos das descrições demonstrativas através da semântica de situações. Utilizamos a teoria de Wolter (2006) como parâmetro de comparação pela sua importância e simplicidade em relação as outras abordagens. Por isso, a partir da abordagem da autora levantamos algumas questões no primeiro capítulo, as quais nortearam nossa investigação ao longo da tese. No Capítulo 2, detemo-nos no papel da demonstração nos usos dêiticos das descrições demonstrativas. Nossa investigação procurava entender se apontamentos (gestos físicos que acompanham e são importantes para a determinação do valor semântico das expressões dêiticas) são elemento\essenciais", no sentido de serem convencionalmente ligados às descrições demonstrativas. Concluímos que demonstrações e saliência são fatores ”não-essenciais" da semântica das descrições demonstrativas, porque eles podem ser substituídos por outros elementos dado um contexto adequado, ponto de vista que se aproxima da abordagem de Wolter (2006). No Capítulo 3, buscamos elucidar a influência e/ou a função semântica do conteúdo descritivo adicional na interpretação das descrições demonstrativas dêiticas. Tendo como pano de fundo a abordagem de Wolter (2006), suas noções de situação default e de situação não- default e suas análises dos \usos descritivos W" ou NDNS (KING, 2001), verificamos que a ideia da autora de que o material adicional introduz uma variável de situação extra na forma lógica _e uma assunção desnecessária. Afirmamos isso, com base na constatação de que o conteúdo descritivo adicional é o ultimo e o mais poderoso meio de restrição do domínio de referentes das descrições demonstrativas, i.e., ele é o elemento que assegura a unicidade quando outros elementos { apontamento, saliência, informação espacial do determinante não são suficientes. No Capítulo 4, analisamos os usos descritivos e os usos com referência deferida das descrições demonstrativas. Buscamos verificar a natureza e a importância do componente relacional, proposto por Nunberg (1993) e formalizado por Elbourne (2005), na semântica/pragmática dessas expressões. Concluímos, após análises empíricas, que o componente relacional é resultado de muitos processos pragmáticos, o que torna sua representação demasiadamente complexa e, muitas vezes, não completamente fiel aos processos envolvidos. Os usos descritivos e com referência deferida também serviram para elucidarmos o nível de semelhança/diferença semântico-pragmática das descrições demonstrativas e das descrições definidas. Chegamos à conclusão que devido às diferenças nos processos de interpretação desses dois grupos de expressões, aspecto evidenciado pelos usos descritivos e com referência deferida, elas não devem ser consideradas expressões similares do ponto de vista semântico-pragmático, apesar de alguns autores afirmarem o contrário (WOLTER, 2006; ELBOURNE, 2005, 2008, entre outros). |