Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Macari, Maria Lucia |
Orientador(a): |
Weinmann, Amadeu de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213429
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Resumo: |
Esta dissertação surge dos afetos que subjazem o transitar pela arte, muito além do que vemos: aquilo que também nos olha. Para tecer articulações entre estética, política e psicanálise, experienciamos o cinema de Andrei Tarkovski e nos deixamos afetar pelas suas vicissitudes. Aqui, o cinema entra como uma alteridade possível à psicanálise, o que nos leva a refletir, desde outros ângulos, questões que a clínica suscita. Portanto, nos encontros possíveis pelo pulsar de linguagens distintas, são os enigmas que nos convocam a escrever. Depois de um longo percorrido pelas artes pós-revolução, passando pelos fechamentos discursivos do realismo socialista, chegamos às obras do diretor soviético. Com uma estética inovadora dentro do contexto em questão, os filmes do diretor possibilitam furos nos saberes instituídos pelo realismo socialista. Para tanto, Tarkovski utiliza uma linguagem que destoa em relação à norma, instaurando uma espécie de dissenso, fazendo um corte em uma realidade já saturada. Nesse sentido, traz para a cena o que Freud chamou de Unheimliche, a inquietante estranheza. No entanto, é nas dobras de um tempo outro, que se aproxima do tempo lógico lacaniano, que desenvolvemos reflexões sobre a possibilidade de uma estética utópica, a qual, em vez de trazer verdades prontas a serem repetidas, provoca a queda de imagens, colocando o não-todo em jogo e a potência do que não se sabe. |