Educação física e saúde coletiva : flexões, reflexões e outras interferências cortantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pires, Cássio Lamas
Orientador(a): Luz, Madel Therezinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/108444
Resumo: Esta pesquisa apresenta o tema da educação física voltada ao uso prejudicial de múltiplas drogas, especialmente sua função no campo da saúde coletiva. Utiliza-se de método qualitativo, de natureza empírica, em uma investigação etnográfica, buscando analisar dados de um estudo de caso – as práticas de educação física na Unidade de Adição Álvaro Alvim do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As técnicas de pesquisa para coleta de dados são a etnografia – narrando fatos cotidianos em um diário de campo – a observação participante, a realização de entrevistas com usuários e profissionais de saúde e, por fim, o registro de imagens. No decorrer do estudo, discutem-se também: as políticas públicas sobre drogas no Brasil como um campo de disputas doutrinárias e a localização do ambiente de pesquisa nessas políticas; as representações sobre saúde e corpo por parte de professores de educação física que compõem o cenário de práticas; e a análise das práticas de educação física desenvolvidas no ambiente investigado, bem como a percepção dos participantes sobre essas práticas. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HCPA, por meio da Plataforma Brasil, quanto a sua adequação ética e metodológica. No que se refere às questões conclusivas, observou-se uma prática de educação física ainda conectada a valores hegemonicamente advogados pela área, porém com possibilidades de avançar no que tange aspectos de sociabilidades e, de igual forma, produzindo novas aberturas para fazeres em saúde. Em relação às percepções, sentidos e significados atribuídos pelos participantes, encontrou-se uma legítima contribuição das práticas, porém restritas ao período de internação, com benefícios tais como o alívio de sentimentos negativos como tensões, ansiedade e fissura, proporcionando sensação de bem estar, prazer, aumento da autoestima, relações de solidariedade, além de espaço para reflexão sobre formas de como resgatar as relações familiares.