Habitações operárias no Brasil : arquitetura e urbanismo da habitação social na primeira metade do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Timm, Juliane Aimé
Orientador(a): Abreu Filho, Silvio Belmonte de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/126602
Resumo: Com a função inicial de promover abrigo para o homem, propósito que vem desde os primórdios da humanidade, a variedade e as formas de construir sempre marcaram suas épocas e transformaram a habitação em construções transmissoras de significados, capazes de traduzir as aspirações de uma sociedade. No Brasil, a industrialização e a abolição da escravatura provocaram profundas modificações nos espaços habitacionais, especialmente no que se refere às populações mais pobres. Conceitos de funcionalidade, moralidade, higiene e salubridade, relacionados com o desenvolvimento de novas tecnologias, levaram a sociedade a repensar antigos padrões urbanísticos e arquitetônicos. Desse modo, novas formas de morar, a partir de novos modelos, passaram a substituir e influenciar a maneira de conceber e construir e os espaços habitacionais. É nesse contexto que as primeiras intervenções de cunho habitacional projetadas começaram a se materializar, migrando-se do modelo de cortiços insalubres para vilas operárias, e destas para modelos influenciados pelos preceitos da cidade-jardim e, finalmente, para o conjunto habitacional racional de implantação moderna. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma análise teórica, histórica e crítica, que pretende reunir as diferentes formas de morar da classe trabalhadora-operária, com suas diversas tipologias e investigar como elas se encadearam e influenciaram, utilizando para isso casos de espaços emblemáticos edificados em território brasileiro, ao longo da primeira metade do século XX. Elegeram-se as três grandes esferas tipológicas empregadas na produção habitacional privada ou pública do período: as vilas operárias, casos que utilizam premissas da cidade-jardim, e o conjunto habitacional racional moderno. Dos empreendimentos aqui estudados, muitos são objeto de tombamentos, na esperança de manter vivo para a sociedade um retrato do passado, da forma de morar e conviver socialmente, e como referência e testemunho das respostas ao problema da habitação operária no Brasil.