Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Carla Bortolin |
Orientador(a): |
Flores, Cristina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194386
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Resumo: |
Introdução: Estudos populacionais têm evidenciado uma porcentagem significativa de pacientes com sobrepeso e obesidade entre os pacientes com doença inflamatória intestinal (DII). A presença de maior quantidade de tecido adiposo pode influenciar na resposta ao tratamento com medicações anti-TNF. Dispõe-se de duas medicações mais comumente utilizadas que bloqueiam a mesma citocina (TNF alfa), infliximabe (IFX) e adalimumabe (ADA), porém com perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos diferentes. Objetivos: Avaliar a eficácia do ADA entre os pacientes com diferentes índices de massa corporal (IMC) e comparar a resposta terapêutica entre o IFX e o ADA. Método: Uma coorte histórica e contemporânea foi conduzida, incluindo pacientes seguidos no ambulatório de Doença Inflamatória Intestinal do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Dados demográficos e relacionados a indicação do anti-TNF foram coletados. Variáveis clínicas, laboratoriais, endoscópicas, radiológicas, peso e altura foram coletadas antes do paciente iniciar o biológico, após 12 meses do início do anti-TNF e/ou no momento da perda de resposta (PR). O desfecho primário foi a avaliação da PR após uma média de 48 semanas de uso de IFX e de ADA, em pacientes com IMC < 25 e ³ 25. Os desfechos secundários foram remissão clínica livre de corticoide na semana 12 e semana 48, resposta e remissão endoscópica no exame realizado no período mais próximo da semana 48. Resultados: A população em estudo totalizou 191 pacientes. Doze pacientes foram excluídos devido à perda de seguimento e dados faltantes. Não houve diferença estatisticamente significativa na taxa de PR após 48 semanas de tratamento entre pacientes com IMC < 25 (66%) e IMC ³ 25 (52,9%) que estavam em uso de IFX (p=0,246). No grupo que estava em uso de ADA, 29,6% dos pacientes com IMC < 25 apresentaram PR após 48 semanas e 42,6% daqueles com IMC ³ 25 (p=0,460). Sobrepeso e obesidade (IMC ³ 25) acarretaram um risco relativo (RR) de 1,02 (IC 0,67-1,54) para PR em 48 semanas para os usuários de IFX. Para os usuários de ADA, IMC ³ 25 acarretou um RR de 1,78 (IC 0,74 – 4,29) para PR no mesmo período. De 159 pacientes avaliados com IMC, 80 pacientes estavam no grupo IMC < 25. Entre esses pacientes sem excesso de peso, 35 (66%) dos que estavam em uso de IFX apresentaram PR após 48 semanas versus 29,6% no grupo do ADA 10 (p=0,004). Ajustadas as variáveis confundidores para o IMC, não foram observadas diferenças no resultado terapêutico entre o ADA e o IFX relacionadas ao IMC dos pacientes. Sobrepeso e obesidade (IMC ³ 25) foram encontrados em 79 pacientes. Neste grupo, 52,9% pacientes com IFX perderam resposta versus 42,9% com ADA (p=0,534). Conclusão: O sobrepeso e a obesidade não influenciaram na PR ao tratamento, comparando IFX e ADA, bem como não influenciaram na remissão clínica e na remissão endoscópica após 48 semanas de tratamento. Um estudo prospectivo multicêntrico deve ser o próximo passo e poderá trazer dados mais robustos, que irão corroborar estes resultados. |