Análise de marcadores hematológicos, bioquímicos e genéticos em diferentes formas anátomo-clínicas da Doença de Crohn

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fernandes, Wagner Neves.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12803
Resumo: Introdução: A doença de Crohn (DC) é uma das mais graves doenças inflamatórias intestinais, constituídas por um grupo heterogêneo de doenças cuja manifestação final comum é a inflamação, e com etiopatogenia que envolve fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Objetivos: Avaliar se existe associação entre polimorfismos das Regiões Promotoras dos genes da TNF-α (-308G/A) e da Interleucina-10 (-1082G/A), alterações hematológicas e bioquímicas nas diferentes formas clínico-anatômicas da DC em uma população do nordeste brasileiro. Patients e Métodos: Foram estudados 49 pacientes ambulatoriais (com idade entre 14 a 81 anos) com diagnóstico de DC. Durante a consulta clínica foi realizada entrevista para obtenção de dados clínico-epidemiológicos através do preenchimento de ficha clínica personalizada. Também foi coletado sangue venoso periférico, para realização das análises hematológica, bioquímica e genética. Foram utilizadas 132 amostras de um banco de dados de DNA de indivíduos normais como controle. Resultados: A idade média dos participantes foi de 41,8 anos e o gênero predominante foi o masculino (53,1%.). A idade de diagnóstico da doença prevaleceu em indivíduos com menos de 40 anos (63,3%). Em relação à localização da doença, 44,9% apresentava sítio ileal, seguida da região colônica em 28,5% dos pacientes. A forma anátomo-clínica predominante foi a fistulizante (38,7%), seguida pela inflamatória (32,6%) e pela estenosante com 28,5%. Quanto aos marcadores inflamatórios PCR e VSH, ambos estavam aumentados em 57,1% e 65,3% dos casos, respectivamente, principalmente em pacientes com a forma fistulizante da doença. Em relação ao polimorfismo da TNF-α (-308G/A) não foi encontrado significância estatística genotípica (p=0.9816) e alélica (p=0.9826), em relação aos controles. Quanto ao polimorfismo da IL-10 (-1082G/A), também não foi encontrado diferença estatística (p=0.0843) entre os genótipos dos pacientes em relação aos controles. Não foi encontrada relação entre os genótipos pesquisados e as formas anátomo-clínicas da doença de Crohn na população estudada. Conclusão: De acordo com nossos achados, os marcadores inflamatórios encontram-se aumentados na maioria dos pacientes com DC, principalmente naqueles na forma fistulizante da doença. Não foi evidenciada diferenças significantes no polimorfismo de regiões promotoras das interleucinas TNF-α e IL-10 entre os pacientes com diferentes formas anátomo-clínicas da DC. Estudos posteriores com mais marcadores genéticos e um número maior de pacientes necessitam ser realizados para que seja traçado um perfil genético diferencial nas diferentes manisfestações clínicas da DC em nossa população.