Análise da distribuição das espécies, da prevalência de genes de enterotoxinas e do perfil de resistência a antibióticos de estafilococos coagulase positivos isolados de carne de frango resfriada e congelada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Martins, Paula Dalcin
Orientador(a): Frazzon, Ana Paula Guedes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/70058
Resumo: Estafilococos Coagulase Positivos são os agentes etiológicos da Intoxicação Alimentar Estafilocócica, uma das Doenças Transmitidas por Alimentos de maior ocorrência no mundo, que está frequentemente associada a alimentos de origem animal. Essa intoxicação ocorre devido à ingestão de Enterotoxinas Estafilocócicas, as quais são proteínas termorresistentes que apresentam atividade superantigênica, causando vômito, dor abdominal e disenteria. Estas bactérias também causam uma vasta gama de outras doenças, incluindo infecções hospitalares. Sua resistência a muitos antimicrobianos é motivo de preocupação, especialmente quanto aos Staphylococcus aureus Resistentes à Meticilina. Este estudo objetivou identificar os isolados em nível de espécie e avaliar a prevalência de genes de enterotoxinas e o perfil de resistência a antimicrobianos de estafilococos coagulase positivos isolados de carne de frango congelada e resfriada. Trinta carcaças de frango foram amostradas e, os estafilococos, quantificados. Os isolados foram identificados através de testes bioquímicos e submetidos à Reação em Cadeia da Polimerase para a identificação de genes de enterotoxinas clássicas (sea, seb, sec, sed e see). O perfil de resistência frente a onze antimicrobianos foi avaliado. Ao todo, 50 isolados foram identificados. S. aureus foi a espécie mais prevalente (62%), seguida de S. hyicus, S. intermedius, S. delphini e S. schleiferi subsp. coagulans. Genes de enterotoxinas foram encontrados em 70% dos isolados, e sea (68%) e sed (26%) mostraram-se os mais prevalentes. Oitenta por cento dos isolados apresentaram resistência a pelo menos um dos antimicrobianos testados e 40% demonstraram multirresistência. Os índices mais elevados de resistência foram aqueles à penicilina, teicoplanina, oxacilina e clindamicina. S. aureus Resistentes à Vancomicina e S. intermedius Resistentes à Vancomicina foram isolados e apresentaram Concentrações Inibitórias Mínimas de 512 e 54 μg/mL, respectivamente. Conclui-se que tais isolados de carne de frango podem representar riscos à segurança alimentar em nível de saúde pública, uma vez que genes de enterotoxinas e resistência a antimicrobianos foram amplamente encontrados. Além disso, estes achados, somados à detecção de estafilococos resistentes à vancomicina, podem indicar a disseminação de micro-organismos potencialmente patogênicos e de genes de resistência à vancomicina fora das barreiras clínicas.