Detecção de genes que codificam toxinas, leucocidina de panton-valentine e resistência a antibióticos em Staphylococcus aureus e Estafilococos coagulase negativa isolados de queijo minas frescal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Favilla, Ana Luiza Coutinho
Orientador(a): Marin, Victor Augustus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39046
Resumo: Staphylococcus spp. tem grande importância clínica e em alimentos. Os últimos levantamentos de órgão oficiais mostram o Staphylococcus aureus (S. aureus) como um dos principais agentes etiológicos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA), devido a sua capacidade de produzir toxinas. De modo correlato, diversas espécies de estafilococos coagulase negativa (ECN) têm emergido como enterotoxigênicas em isolados de alimentos, e não somente como bactérias oportunistas de isolados clínicos. Os laticínios, dentre eles os queijos, estão entre os alimentos mais comumente associados a surtos de DTA. Sendo o queijo Minas frescal um alimento tipicamente brasileiro e de caraterísticas favoráveis à proliferação de microrganismos, o presente estudo teve como objetivo a detecção de genes que codificam enterotoxinas clássicas (EE), toxinas esfoliativas (TE), toxina da síndrome do choque tóxico (TSST), leucocidina de panton-valentine (PVL) e resistência a antibióticos em S. aureus e estafilococos coagulase negativa (ECN) isolados de queijo Minas frescal. Foram coletadas 10 amostras comercializadas no Rio de Janeiro no período de fevereiro a abril de 2016. Foi feita a semeadura em ágar Baird Parker suplementado com plasma fibrinogênio de coelho (BPA-RPF) e ágar manitol salgado (MSA) e os isolados foram caracterizados através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Na contagem em placa em BPA-RPF, somente uma amostra estava fora dos critérios microbiológicos para estafilococos coagulase positiva, estipulados pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 12 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Enquanto em MSA, 40% das amostras estão inadequadas. Em 10 amostras, foram isolados 140 ECN e 32 S. aureus. Os resultados mostraram que 27,9% (48/172) dos isolados de Staphylococcus spp. carreavam pelo menos um gene de produção de EE ou TE. O gene mais prevalente foi o da TEA - eta (39,3%), seguido do sed (26,2%). Nenhum isolado carreou o gene para resistência a meticilina, mecA, ou TSST ou PVL. Independente da capacidade de produção da toxina, medidas de controle são necessárias, como a manutenção da cadeia de frio e boas práticas de higiene para evitar a disseminação e proliferação desses isolados.