Uso da troponina I e C no auxílio do diagnóstico de intoxicação por antibióticos ionóforos em equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pohl, Camila Blanco
Orientador(a): Driemeier, David
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256666
Resumo: Doenças cardíacas são frequentemente observadas em equinos e envolvem diversas alterações congênitas e adquiridas. Dentre as condições adquiridas, pode-se destacar a intoxicação por antibióticos ionóforos (AI). Diversos relatos têm sido documentados sobre esta intoxicação em equinos, nos quais são descritas que as principais alterações morfológicas observadas incluindo cardiomiopatia e miopatia degenerativas graves. Os AI são substâncias amplamente utilizadas na medicina veterinária em animais de produção, e visam o controle de coccidiose, redução de cetose e estimulam o crescimento e ganho de peso. Entre os ionóforos, os mais utilizados são a monensina, salinomicina, narasina e lasalocida. Em alguns casos, as lesões cardíacas induzidas pelo consumo de AI são hiperagudas ou agudas, e as alterações morfológicas são mínimas ou inexistentes ao exame histopatológico. Com isso, o objetivo do presente estudo foi realizar a avaliação sérica da troponina cardíaca I (cTnI) e da técnica de imuno-histoquímica anti-troponina C (IHC) (anti-cTnC), como ferramenta diagnóstica para lesões cardíacas em equinos intoxicados espontaneamente por salinomicina. Sete equinos foram afetados, com evolução clínica de seis a 72 horas. Destes, quatro foram submetidos à necropsia e três se recuperaram. As principais lesões morfológicas observadas foram cardiomiopatia e miopatia necrótica. A imuno-histoquímica anti-cTnC foi realizada em amostras selecionadas de tecido cardíaco dos quatro equinos submetidos à necropsia. Em todos os casos foi observada diminuição da expressão de cTnC no citoplasma dos cardiomiócitos. Amostras de soro de seis equinos foram submetidas à dosagem de troponina cardíaca I, sendo os valores mais altos observados, principalmente, em equinos que apresentavam lesões histológicas cardíacas mais graves. A detecção sérica de cTnI e IHC anti-cTnC podem ser consideradas bons marcadores para determinação de lesão cardíaca em equinos intoxicados com salinomicina com evolução clínica de 48 horas ou mais.