Avaliação do tempo cirúrgico e de recuperação pós-operatória nas pacientes submetidas à histerectomia robótica e outras técnicas de histerectomia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gutierrez, Ana Luiza
Orientador(a): Ramos, José Geraldo Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/139787
Resumo: Base Teórica: A histerectomia ainda é um procedimento cirúrgico frequente. Nos últimos 25 anos, muitos esforços foram feitos para reduzir o número de histerectomias abdominais, como o avanço tecnológico, que permitiu cirurgias menos invasivas. Visando ampliar o uso da cirurgia minimamente invasiva, foi desenvolvida a cirurgia robótica, com a vantagem de facilitar o uso da laparoscopia proporcionando movimentos mais ergonômicos e precisos. Apesar de ser tecnologia recente e do alto custo, vem ganhando cada vez mais espaço na prática clínica. Dados sobre tempo cirúrgico e tempo de internação pós-operatória tem sido alvo de várias publicações, uma vez que afetam os custos do procedimento. Objetivo: O presente projeto visa à documentação da experiência inicial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre na realização da histerectomia robótica, e comparação dos seus dados com outras vias de histerectomia já realizados no nosso meio. Métodos: Foi realizado estudo caso-controle para comparação de dados pré-operatórios, operatórios (como tempo cirúrgico total e sangramento) e pós-operatórios (tempo de recuperação pós-operatória, complicações, dor nas primeiras 24 horas após a cirurgia), em 80 pacientes, submetidas à histerectomia para tratamento de patologias uterinas benignas. Nós incluímos quatro grupos de pacientes: robótico, vaginal, abdominal e laparoscópico. O grupo robótico foi composto pelas primeiras 20 cirurgias realizadas em nosso hospital, e os grupos controle foram selecionados retrospectivamente a partir da data da última cirurgia robótica, constituindo uma amostragem não probabilística. Também foi realizado estudo transversal utilizando apenas as pacientes submetidas à cirurgia robótica em nosso serviço, para fins de documentação de nossa experiência inicial. Resultados: O grupo robótico foi responsável pelo maior tempo cirúrgico total (180,7 minutos), e pelo menor tempo de recuperação pós-operatória (23,7 horas), entre os quatro grupos. Não houve diferença entre os grupos na análise do sangramento transoperatório e das complicações pós-operatórias. Dados analisados sobre a dor pós-operatória não diferiram entre os grupos. No estudo transversal, foi demonstrada curva de aprendizado em tempo de docking e undocking, e houve correlação forte entre tempo cirúrgico total e índice de massa corporal da paciente. Conclusão: Análise do tempo cirúrgico total e do tempo de recuperação pós-operatória são relevantes, pois podem ser ferramentas necessárias para redução dos custos da cirurgia robótica. Nossa experiência inicial demonstra curva de aprendizado em alguns aspectos.