Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Mariana Kumaira |
Orientador(a): |
Cavazzola, Leandro Totti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/253181
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Resumo: |
Introdução: A literatura preconiza o reforço da parede abdominal com telas no tratamento de hérnias umbilicais a fim de reduzir os índices de recidiva. Embora a escolha do plano anatômico para instalação da tela na parede anterolateral do abdome tenha diferentes implicações na incidência de complicações pós-operatórias, dor crônica e recorrência, não existe consenso quanto à melhor técnica de reparo. Objetivo: Comparar as técnicas de hernioplastia umbilical onlay e pré-peritoneal em relação à incidência de complicações pós-operatórias precoces. Método: Ensaio clínico randomizado duplo-cego conduzido em pacientes femininas, maiores de 18 anos, com diagnóstico de hérnia umbilical primária não complicada, atendidas no serviço de cirurgia de hospital secundário vinculado à residência médica. As participantes foram alocadas em dois grupos conforme a técnica executada (onlay ou pré-peritoneal). Os dados clínico-cirúrgicos, tamanho do defeito, tempo cirúrgico, complicações de ferida operatória, dor pós-operatória (Escala Visual Analógica, EVA) e recorrência foram analisados conforme protocolo padronizado. Resultados: A amostra foi constituída de 56 pacientes, sendo 30 no grupo onlay e 26 no grupo pré-peritoneal. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos em relação aos dados demográficos, comorbidades ou tamanho do defeito. A mediana do tempo cirúrgico foi significativamente menor no grupo de reparo pré-peritoneal (50.5 vs 67.5 min, respectivamente, p=0.03). A incidência geral de complicações de ferida operatória foi de 21.4% (n=12), sendo significativamente maior no grupo onlay (33% vs 7.7%; p=0.02, IC 95% 0.03 - 0.85), sobretudo devido a seromas. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em relação à pontuação EVA em nenhum dos momentos avaliados. Após seguimento máximo de 48 meses, uma recorrência foi observada no grupo onlay. Na regressão logística múltipla, a técnica onlay foi o único fator de risco independente para complicações de ferida operatória. Conclusão: Os dados apresentados indicam superioridade da técnica pré-peritoneal comparada à técnica onlay no reparo de hérnias umbilicais primárias em termos de morbidade de ferida operatória, contribuindo, portanto, para diretrizes futuras e recomendações para seleção do plano anatômico da tela. É prevista a continuidade desse projeto, com inclusão de mais participantes e conclusão do follow-up, na expectativa de comparar ambas as técnicas em relação aos desfechos de longo prazo. |