Programa de teste rápido para sífilis no pré-natal da atenção básica no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bagatini, Carmen Luisa Teixeira
Orientador(a): Bavaresco, Caren Serra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/108495
Resumo: A sífilis na gestação é uma das causas de óbitos perinatal, óbitos neonatais e de natimortos. A incidência de sífilis congênita reflete a qualidade da assistência prestada às gestantes no prénatal. A sífilis é uma doença de notificação compulsória, cujo tratamento é disponibilizado pela rede pública de saúde. A SES do Rio Grande do Sul definiu como prioridade a implantação da testagem rápida de sífilis na atenção básica para ampliar o acesso da população gaúcha aos testes rápidos de HIV e sífilis, tratar oportunamente os casos diagnosticados e evitar a transmissão vertical. Esta dissertação tem por objetivo geral analisar os fatores que influenciaram a implantação e implementação da realização do teste rápido de sífilis nas unidades básicas de saúde (UBS) nos municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí e Viamão. É um estudo de caso, com abordagem quanti-qualitativa e uma pesquisa documental. Foram analisadas as informações de produção ambulatorial realizada na complexidade atenção básica do SIA, as notificações de sífilis em gestante no SINAN no período de 2010 a 2013; os planos de trabalho dos municípios para implantação dos testes rápidos na atenção básica encaminhados à SES/RS; e os registros das entrevistas de avaliação institucional qualitativa sobre a implantação e implementação da testagem rápida para HIV e sífilis na atenção básica. Os dados quantitativos foram tabulados utilizando planilhas eletrônicas e os dados qualitativos foram analisados através da análise de conteúdo. Entre os fatores que contribuíram para implantação e implementação da realização de teste rápido de HIV e sífilis nas UBS, destacam-se a capacitação para médicos, enfermeiros e dentistas; a capacitação de pelo menos um profissional de cada unidade básica; a participação do Serviço de Atenção Especializada (SAE) como apoiador matricial; o envolvimento da equipe municipal; a ativação da rede e a construção da linha de cuidado. Os fatores que dificultaram a implantação e implementação da testagem foram a rotatividade profissional na rede e a centralização da testagem no enfermeiro. As condições de acesso da população aos testes rápidos para sífilis são realizadas de forma heterogênea nos municípios da pesquisa. O acesso envolve mais do que a disponibilidade dos testes nas unidades básicas de saúde. A estratégia de agendamento e/ou horário para a realização da testagem rápida para sífilis visa organizar o serviço, entretanto, sabe-se que em alguns casos, o agendamento pode levar à perda da oportunidade pelo profissional da saúde da oferta e realização do teste no tempo oportuno, isto é, quando o usuário tem interesse ou tem seu interesse despertado pelo profissional da saúde. Com relação ao modelo de atenção, ainda é baixa a cobertura das equipes de saúde da família e equipes de atenção básica nos municípios da pesquisa. O diálogo entre as equipes, gestores e usuários permite a construção da rede de atenção à saúde e que a atenção básica assuma a coordenação do cuidado e a ordenação desta rede. Discutir o processo de trabalho das equipes que já atuam na atenção básica incluindo a rede de saúde do município permite que barreiras sejam rompidas e conexões sejam feitas.