Respostas termorregulatórias de meninos púberes obesos e não-obesos durante pedalada no calor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Sehl, Paulo Lague
Orientador(a): Meyer, Flavia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/26497
Resumo: Estratégias de aclimatização ao calor e recomendações de segurança à saúde para crianças e jovens que se exercitam no calor são enfatizadas na literatura, devido principalmente à limitação da perda de calor pela sudorese, em comparação aos adultos; e acredita-se que, nos meninos obesos, essa resposta possa ser mais prejudicada. Aspectos relacionados à termorregulação e à sudorese, além de recomendações para a prática prolongada de exercícios no calor, em crianças e jovens, incluindo obesos, foram revisados na literatura; e um estudo experimental foi realizado. Objetivo: Comparar a temperatura retal (Tretal), a sudorese e a sensação subjetiva de calor (SSC) entre meninos púberes obesos e não-obesos que pedalam em uma similar intensidade relativa de esforço e na mesma condição ambiental. Métodos: No estudo experimental, meninos púberes fisicamente ativos foram alocados em dois grupos (obesos, n = 17; e não-obesos, n = 16). Ambos pedalaram dentro de uma câmara ambiental (35°C, 40-45% UR) por 30 min, a 50-60% do VO2pico; e, após 10 min de repouso, pedalaram até a exaustão (90% do VO2pico). A Tretal, a frequência cardíaca (FC), a sudorese, a taxa de percepção de esforço (TPE) e a SSC foram avaliadas durante os 30 min de pedalada; e a Tretal e a FC, durante a pedalada mais intensa. Resultados: O aumento da Tretal e da FC, assim como as respostas da sudorese foram similares entre os grupos, durante os 30 min de pedalada. A TPE foi maior nos obesos dos 25 aos 30 min de pedalada; e a SSC, durante os 30 min de pedalada. Obesos pedalaram intensamente (90% do VO2pico) por menos tempo que os não-obesos, e a ΔTretal foi maior nos não-obesos. Conclusão: A prescrição do exercício nas condições do protocolo seguido no presente estudo pode ser fisiologicamente segura para meninos púberes obesos fisicamente ativos e aclimatizados ao calor; mas não generalizadas a meninos obesos sedentários e/ou não-aclimatizados ao calor. O maior desconforto térmico dos meninos obesos ressalta a importância das mensurações subjetivas no auxílio à escolha da modalidade de exercício mais adequada para os meses do verão, o que pode prevenir riscos de doenças relacionadas ao calor.