Estratégias institucionais para o mercado agropecuário: reestruturação produtiva na Metade Sul do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Kenne, Pamela
Orientador(a): Garcia, Sandro Ruduit
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249768
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo central analisar as estratégias institucionais imbricadas no processo de reestruturação do mercado agropecuário na Metade Sul. O foco da pesquisa ocorre sobre os grupos dominantes do campo econômico. Os objetivos específicos tratam-se de a) caracterizar a reestruturação produtiva da Metade Sul do período recente, e b) identificar as principais ações estratégicas sobre as mudanças institucionais. A perspectiva analítica adotada foi a abordagem institucional presente no arcabouço teórico-metodológico da linha de estudos da sociologia econômica e da sociologia dos mercados. As principais técnicas utilizadas foram a análise de conteúdo e a análise estatística de dados secundários. As conclusões podem ser sintetizadas no fato de que o mercado agropecuário na Metade Sul reorienta a sua estrutura produtiva de acordo com a estratégia macroeconômica adotada no Brasil, ampliando intensamente a sua produção de soja e demais commodities agropecuárias destinadas à exportação. Nesse processo, ocorre a incorporação incremental de tecnologias e se constitui um discurso de inovação para o setor. A garantia de recursos públicos foi essencial para a estabilização desse mercado. Verifica-se que os atores dominantes se organizam estrategicamente para controlar e estabelecer as instituições que lhes beneficiam. As principais estratégias adotadas foram a integração e coalizão entre agentes econômicos; diversificação e adesão a novas tecnologias produtivas; controle de políticas de preços e concorrência. Para isso, acionam-se táticas como enquadramento interpretativo, intermediação de interesses, e envolvimento com o campo estatal. Além disso, a posição dominante no mercado e a capacidade de estabilizar as instituições é constituída mediante o acesso a recursos como as relações privilegiadas com os campos estatais, a legitimidade social e o poder econômico, que neste caso está alicerçado na estrutura fundiária regional.