Os automóveis e a “nova mobilidade”: uma análise sociológica do mercado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Paes, Letícia de França
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24987
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo compreender os processos e dinâmicas que têm ocorrido no setor automotivo a partir do surgimento de uma sub-indústria da mobilidade, que altera os modelos de negócios do mercado de automóveis com a oferta de serviços de mobilidade; modifica a estrutura produtiva com o aumento da automatização nas plantas; insere as montadoras em ecossistemas digitais com tecnologias como big data e internet das coisas; cria novas fontes de valor agregado a partir do mercado de dados e insere novos atores nas dinâmicas de concorrência e parcerias. A pesquisa tem como objeto a montadora japonesa Toyota Motor Corporation, enquanto estudo de caso de dimensão exploratória, com recorte de tempo de doze anos. No tocante às escolhas metodológicas de coleta de dados, priorizou-se a coleta documental, com tratamento de análise de conteúdo. Como proposta teórica, realizou-se a revisão bibliográfica de vertentes da Sociologia Econômica sob duas óticas: a análise dos mercados a partir dos processos de qualificação e valoração dos produtos; e a análise das instituições e estruturas de poder nas arenas de disputas desses mercados. Como principal resultado, a análise do caso da Toyota sugere que os processos de qualificação do bem, a mobilização dos dispositivos de julgamento, dos valores imaginativos e a construção de perfis e identidades tanto dos produtos quanto da empresa em si funcionam como ferramentas para manutenção das concepções de controle da empresa, uma vez que a Toyota passou a atuar em novos mercados e se reorganizou para prover os novos produtos e serviços sem que isso se provasse enquanto desinstitucionalização do mercado, sendo a manutenção do status quo sua luta principal.