Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luciano Ferreira da |
Orientador(a): |
Seffner, Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/181834
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo mostrar como a construção das masculinidades juvenis produzem armadilhas na intersecção da trajetória escolar dos meninos do ensino médio da escola pública e seus projetos de vida futuros. Para tanto, realizei pesquisa empírica em uma escola de um município da Grande Porto Alegre, a qual visitei durante um ano inteiro. Ali realizei observações, entrevistei alunos, conversei com professores e funcionários e formei grupos aos quais chamei de grupos de discussão para que pudéssemos conversar acerca de questões de gênero na escola. O foco de todo o trabalho se deu em torno do comportamento dos meninos, a construção de suas masculinidades e as implicações desta construção com o desempenho escolar e possíveis consequências na vida futura. Durante as visitas, registrei cenas e falas em um caderno, ao qual chamei de caderno de campo. Além disso, gravei, com o consentimento prévio de cada informante, suas contribuições. Tudo foi transcrito e registrado em um diário de campo, configurando-se, assim, no que chamei de bricolagem como método de pesquisa. A tese, portanto, discute e problematiza questões relacionadas à construção de masculinidades, mais especificamente, à construção de um tipo de masculinidade, considerada hegemônica e os privilégios que este tipo de masculinidade traz aos meninos que a exercem. Problematizou-se ainda, e principalmente, o fato de que tais privilégios podem trazer consigo armadilhas que, por sua vez, interferem no desempenho escolar dos meninos. Dados como o maior número de meninas pleiteando uma vaga nas universidades mostram que algo está acontecendo com os meninos, daí a armadilha que acompanha os prováveis privilégios das masculinidades. Já no mestrado, concluído em 2012, analisei um gap de gênero na educação brasileira, também à luz de pesquisa realizada em uma escola pública do mesmo município. Do gap ao trap, ou seja, do distanciamento à armadilha, aprofundei no doutorado as discussões trazidas no mestrado. O foco, desta vez, ficou nas armadilhas que se encontram na trajetória da construção do menino enquanto aluno e dono de uma masculinidade considerada hegemônica. Evidenciei tais armadilhas relacionando-as com tecnologias de gênero que formam um e outro gênero na escola, dando relevância a uma série de acontecimentos e atitudes cotidianas e que, na maioria das vezes, são consideradas sem importância, à luz do que nos diz Foucault quando nos fala que gestos aparentemente sem importância importam nas relações de poder às quais estamos todos submetidos. Esta tese nos convida a perceber a relevância de tais tecnologias, vistas muitas vezes como gestos aparentemente sem importância, e o que eles têm a nos dizer acerca da construção das masculinidades na escola e as implicações de tais construções no desempenho escolar dos meninos e no reflexo em suas vidas futuras. Esta tese convida, ainda, para além de problematizarmos tais questões, a estranhá-las, e assim, no desconforto da desacomodação, percebê-las como fundamentais na construção do menino enquanto aluno, com evidentes impactos em sua vida futura. |