Quadrinhos no Rio Grande do Sul : um momento decisivo – o humor gráfico em debate & as produções de Sampaulo, Santiago e Edgar Vasques na formação de um polissistema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Vinicius da Silva
Orientador(a): Sanseverino, Antônio Marcos Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197808
Resumo: Quando contamos a história dos quadrinhos, que história contamos? Quais são as manifestações das artes gráficas que são incorporadas nessa história? De que forma um contexto específico de formação dos quadrinhos pode auxiliar na compreensão dessa linguagem artística (e de suas variantes)? Essas indagações compreendem as motivações principais desta tese. A partir delas, projeta-se o caminho da escrita deste trabalho. A hipótese que o sustenta sugere que o processo de formação dos quadrinhos – analisado a partir de um caso exemplar – caracteriza-se de forma particular, constituindo um sistema artístico plural que, mesmo considerando tópicos específicos, precisa ser analisado a partir de uma leitura distanciada. A hipótese é verificada a partir de um corpus principal que toma como referência a produção de três artistas gaúchos: os cartunistas Paulo Brasil Gomes de Sampaio – o Sampaulo –, Neltair Rebés Abreu – conhecido como Santiago – e Edgar Vasques. Contemplando esse corpus, temos uma análise que reconhece o processo de acumulação dos trabalhos desses artistas, na medida em que seus exemplos são tratados ora de forma deliberada, ora a partir de um recorte de tempo específico, representado pelo entrecruzamento geracional de tais figuras na imprensa porto-alegrense a partir de meados dos anos 1970. Para chegar até esse recorte, também buscamos apresentar dados ligados ao processo de formação dos quadrinhos no Rio Grande do Sul que também permitem inferir de que forma se constitui o sistema dos quadrinhos no que diz respeito à sua produção e circulação (especialmente, no âmbito gaúcho) O que está no horizonte deste trabalho, porém, é a percepção de uma ordem particular de sistema – na verdade, um polissistema semiótico de natureza dinâmica e dialógica que pode ser analisado tanto por perspectivas conceituais quanto por um olhar histórico – que pode, eventualmente, apontar para momentos decisivos de sua formação. É um desses momentos que está sob o nosso olhar de forma mais aguçada, destacando as obras de Vasques, Sampaulo e Santiago a partir do momento em que seus trabalhos se projetam de forma concomitante dentro dos periódicos da Companhia Jornalística Caldas Júnior em pleno contexto de Ditadura Civil-Militar no Brasil. A análise dessa produção variada de cartuns, charges, tiras e álbuns ainda é atravessada por propostas de conceituação e de reflexão de ordem estética, linguística e discursiva, tais como a análise de aspectos ligados à visualidade – que tem o intuito de apresentar uma pretensa poética do humor gráfico – e a tentativa de uma formulação conceitual acerca da ideia de gênero nos quadrinhos. Essas questões gerais guiam o trabalho, que também se propõe a discutir pressupostos ligados à leitura a partir dessa linguagem híbrida que une imagem & palavra.