No labirinto chamado “Sociedade do Conhecimento” : um olhar etnográfico no museu de futuras escolas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Kutter, Ana Paula Zandonai
Orientador(a): Eichler, Marcelo Leandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/172716
Resumo: Este trabalho é um estudo de caso etnográfico que problematiza as influências da cibercultura no ambiente escolar, considerando-o um sistema simbólico, tendo como plano de fundo momentos de mediação em Educação em Ciências em uma instituição de ensino pública no litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul. As problematizações são feitas a partir do campo epistemológico da antropologia da educação, tendo como cerne a perspectiva freireana de dialogicidade. Neste estudo a escola é considerada em sua dimensão cultural: são apresentadas descrições densas de episódios que ilustram aspectos da cultura da escola e evidências de como a mediação na Educação em Ciências vem sendo transformada pela cibercultura. Nas metáforas “labirinto” e “museu” no título da tese, trago descrições sobre os imaginários acerca de termos abstratos como internet, ciência e termos mais concretos como escola e professor(a). Nesta tese, argumento que a midiatização de discursos que difundem informações científicas passam a ter um relevo diferente em comparação ao discurso de professores em suas mediações na escola. Em breves linhas, alguns resultados da pesquisa: a) Quanto ao conhecimento cultural (sabedoria digital) em relação ao uso das TICs, formaram-se três categorias (letrados, aprendizes e aversos); b) quanto ao imaginário acerca da “internet” (no labirinto, no oceano); c) quanto ao sentido de pertença à profissão de professor(a) de Ciências Naturais (ser e estar professor). Como plano de fundo dessa análise - indo do particular ao geral - trago uma discussão sobre a proclamação da “Sociedade do Conhecimento” propondo a análise de que uma “Sociedade da Ignorância” teria maior verossimilhança com a(s) realidade(s). Dentro dessa argumentação recorro à referência emblemática de Piérre Levy autor que defende que as tecnologias digitais representam democratização, diálogo entre culturas; em contraponto trago a leitura de Jean Baudrillard nos conceitos de hiper-realidade, simulacro acerca das novas tecnologias de informação e comunicação. Assim destaco, que as formas de adaptação à cibercultura podem se apresentar tanto como um processo de alienação quanto como um meio que encaminha uma educação libertária. No último capítulo destaco desdobramentos desta pesquisa, na “devolução” à comunidade pesquisada.