Espiando pelo buraco da fechadura : o conhecimento de artes visuais em nova chave

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Barreto, Umbelina Maria Duarte
Orientador(a): Pillar, Analice Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15685
Resumo: Esta tese se desenvolve como um percurso semiótico em referência à semiótica do texto de Greimas, percorrendo um caminho na busca pelo conhecimento da arte, que se apresenta em um percurso curricular, no qual o sensível e o inteligível procuram constituir-se como lados opostos e complementares sempre em estreita conexão. A essa referência se articula a relação conceitual entre “conservação” e “mudança” presente no pensamento constituído na ciência e filosofia e no discurso das Ciências Humanas, através da “Árvore do conhecimento” que abriga a “Teoria da Autopoiesis” de Humberto Maturana e Francisco Varela, da “filosofia da experiência” de John Dewey e da “ecologia da mente” de Gregory Bateson. O objeto semiótico é focalizado a partir da experiência definida no conceito de “experiência da arte” de Dewey, estendido em uma abordagem micrológica e uma suposta utilização científico-instrumental diretamente ligada a um universo macroscópico, no qual a arte, entre o micro e o macro, vai, recursivamente, sendo exposta ao ser autorizada pela enunciação de um sujeito que é artista/professor/pesquisador/curador. A abordagem do conhecimento das Artes Visuais se constitui no texto em uma precisa configuração topológica, em que a área de conhecimento, participando do Ensino Superior Brasileiro, vai sendo institucionalizada na mesma medida da transformação da arte na sociedade. Essa abordagem concorre simultaneamente com as mudanças paradigmáticas do próprio conhecimento, que contribuem para a inserção/aceitação da diferença da arte na universidade, em um quadro sistêmico que inclui mudanças da sociedade geradas pelo acoplamento do sistema cultural. A chave do conhecimento da arte vai sendo dada reiteradamente em circunscrição, sendo delimitada no Currículo do Curso de Artes Visuais da UFRGS e situada em processo de implementação curricular, enfatizando a contingência da mudança. O regime de visibilidade utilizado é desenvolvido através de dispositivos de observação que partem do próprio olhar e resgatam a imaginação no processo do pensamento. Entremeado de descrições e narrativas, o texto está construído como um fazer/dizer na linguagem, ao incluir o saber em um processo gerativo de significação. O olhar vai sendo constituído como uma fresta, articulando o ver e o ler, que estão presentes na visão ao serem desdobrados textualmente como possibilidades de um sujeito da linguagem.