Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nejeliski, Danieli Maehler |
Orientador(a): |
Duarte, Lauren da Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255135
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Resumo: |
As matérias primas de origem vegetal despertam interesse crescente por serem renováveis e biodegradáveis. O porongo (Lagenaria siceraria) é o fruto de uma planta da família das cucurbitáceas, seu cultivo é adaptado ao clima tropical, o plantio é anual e a produtividade é alta. Após o processo de secagem o fruto adquire características similares à madeira. No sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai é a principal matéria prima para a produção artesanal de cuias, recipientes para o chimarrão, bebida típica regional. Ao longo desse processo, até 80% do volume inicial dos frutos se transforma em resíduos e é descartada. O porongo é caracterizado como um material lignocelulósico poroso, de baixa densidade, utilizado empiricamente como isolante e com propriedades sensoriais distintas. O objetivo deste trabalho é viabilizar a utilização dos resíduos de porongo oriundos da produção de cuias como matéria prima no design de produto e valorizar suas propriedades técnicas e sensoriais, através da produção de revestimentos modulares e de painéis de partículas. Para a produção dos revestimentos modulares foi utilizada uma metodologia projetual adaptada (BRIEDE; ALARCÓN, 2012) dividida em três etapas: caracterização, otimização e aplicação. Como resultado, foi realizada a caracterização das propriedades técnicas e sensoriais dos resíduos e foram desenvolvidos módulos, multimódulos, padrões e revestimentos modulares tridimensionais. Os revestimentos modulares podem ser aplicados em produtos como divisórias de ambientes, frentes de móveis e revestimentos de superfícies. Para a produção dos painéis de partículas foi utilizada uma metodologia adaptada (MALONEY, 1989) dividida em quatro etapas: produção das partículas, especificações do painel, dosagem dos materiais e ciclo de prensagem. Foram testados dois tipos de adesivos: resina ureia formaldeído e matriz de amido e glicerol. Os painéis de partículas com resina ureia formaldeído não se estruturaram, enquanto que os painéis de amido e glicerol apresentaram adesão entre as partículas e estabilidade estrutural. Como resultado, foram produzidos painéis com a proporção de 70% de partículas de porongo e 30% de matriz de amido e glicerol, caracterizados como painéis não estruturais para uso interno. Os painéis apresentaram propriedades sensoriais similares aos aglomerados de cortiça, o corte a laser mostrou se viável e as imagens do MEV mostraram que o processo de termoplastificação da matriz não ocorreu. Com relação ás propriedades físicas, os painéis se enquadraram na categoria de baixa densidade (0,46 g/cm³), apresentaram alto teor de umidade e um percentual alto de absorção de água, característicos dos painéis de partículas produzidos com resíduos agrícolas. |