Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Gouvea, Aline Silva |
Orientador(a): |
Alievi, Marcelo Meller |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/131257
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Resumo: |
Dentre os tumores ósseos que acometem os cães, o osteossarcoma (OSA) ou sarcoma osteogênico é o mais frequentemente diagnosticado e representa cerca de 85 % das neoplasias de origem esquelética. Acomete mais cães de raça grande e gigante, com idade média de sete anos, envolvendo, geralmente, a metáfise de ossos longos. Os principais sinais clínicos são claudicação e aumento de volume no membro afetado. Ao exame radiográfico obtêm-se imagens compatíveis com neoplasia óssea, sendo utilizada a biópsia com exame histopatológico como diagnóstico definitivo. A terapêutica comumente indicada é a amputação do membro, seguida de quimioterapia. No entanto, a preservação do membro afetado e outras técnicas mais recentes de tratamento, têm sido utilizadas com o propósito de melhorar a qualidade de vida e a sobrevida do animal. As razões mais comuns para a realização da preservação do membro são pacientes com afecções neurológicas ou ortopédicas concomitantes, que contra indicam a amputação radical ou tutores relutantes em aceitar a amputação, muitas vezes preferindo a eutanásia à amputação. Existem muitas técnicas para preservação do membro, porém ainda com muitas complicações e limitações. Em razão disso, o objetivo do presente estudo é descrever a técnica de preservação de membro através de pedículo congelado em nitrogênio líquido utilizando cadáveres de cães e avaliação da mesma associada à quimioterapia adjuvante em pacientes com tumores ósseos. Para descrição da técnica foram realizadas 30 cirurgias, sendo 15 na região distal de rádio-ulna e 15 na região distal de tíbia. A técnica cirúrgica empregada consistiu na desarticulação do rádio ou da tíbia distal, com divulsão dos tecidos moles, criando assim o pedículo ósseo a ser tratado através do congelamento, seguindo protocolo recomendado por Tsuchiya et al. (2005). Neste, o pedículo permanece submerso 20 minutos no nitrogênio líquido, depois 15 minutos a temperatura ambiente e 10 minutos em água destilada, sendo que sua descrição foi realizada utilizando cadáveres de cães descongelados. A técnica pedicular também foi aplicada em cinco pacientes, sendo três na região de rádio distal, um em fêmur proximal e outro em fêmur distal. Em todos pacientes foi possível a realização da cirurgia sem conversão imediata para amputação. Foram realizados controles radiográfico e clínico, mensalmente no pós-operatório. O uso funcional do membro operado foi de bom a excelente em todos os casos. Em dois pacientes houve infecção, em um houve recidiva e outro desenvolveu necrose dérmica. E em um paciente não houve qualquer tipo de complicação. O tempo médio de sobrevida não foi menor estatisticamente do que o grupo controle que realizou amputação e quimioterapia. É possível concluir que apesar das complicações encontradas é uma técnica factível e que não alterou a expectativa de vida dos pacientes, porém exige estudos em uma população maior para que possa ser considerada opção cirúrgica na medicina veterinária. |