Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Dinar Fontoura |
Orientador(a): |
Battisti, Elisa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/180590
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Resumo: |
Esta tese investiga por meio da Teoria da Otimidade Estocástica (BOERSMA; HAYES, 2001) o processo de harmonia vocálica de altura (HVA), que envolve as vogais médias pretônicas /e, o/ e as torna [i, u] quando há uma vogal alta na sílaba seguinte, como em menino~minino, fortuna~furtuna. O estudo tem como motivação o fato de que a maior parte das pesquisas realizadas sobre HV em português brasileiro no dialeto gaúcho tiveram como foco uma análise na linha Laboviana da sociolinguística quantitativa (BISOL, 1981, SCHWINDT, 1995, 2002, CASAGRANDE, 2004, FERNANDES, 2014). Os dados empíricos desta pesquisa provêm da fala coletada por meio de entrevistas sociolinguísticas utilizadas no estudo de Fernandes (2014), que fazem parte do banco de dados VARSUL – Variação Linguística no Sul do Brasil, e pertencem a amostra chamada Jovens Escolarizados, com estudantes de 16 a 23 anos, de Porto Alegre. Os dados foram metodologicamente separados em 3 diferentes categorias, correspondentes ao tipo de vocábulo, devido à possibilidade da influência de fatores morfológicos na aplicação e/ou restrição da regra de HVA: Formas Nominais Não- Derivadas (FNND), Formas Nominais Derivadas (FND), e Formas Verbais (FV). Buscamos propor restrições de marcação ou fidelidade para tratar a HV como um processo envolvendo o traço de altura [+alto], com espraiamento regressivo, a fim de explicar propriedades que bloqueiem ou permitam o alçamento das vogais, com base nas proporções de pesquisas quantitativas que foram realizadas anteriormente.O estudo visou propor uma análise da harmonia vocálica com restrições universais para poder explanar padrões em foco nos dados, como homorganicidade e heterorganicidade da vogal-alvo e vogal-gatilho A análise também tornou possível uma observação analítica e particular dos dados, diferentemente dos estudos variacionistas prévios. As restrições universais e requisitos fonotáticos foram buscados no espírito da Teoria da Otimidade Clássica (TO, PRINCE; SMOLENSKY, [1993] 2004, MCCARTHY; PRINCE, 1995). Esta análise também se apoiou em restrições e traços de pesquisas anteriores de caráter similar sobre o tema (MATZENAUER; MIRANDA, 2003, LEE; OLIVEIRA, 2003, ALVES, 2011, BOHN, 2014, BATTISTI; FERNANDES 2017). Para representar e modelar a gramática da HVA variável utilizou-se o Gradual Learning Algorithm (GLA), de Boersma e Hayes (2001). A análise da HVA com ranking contínuo demonstrou a dominância das restrições License, Agree e de fidelidade. Arestrição que exige a homorganicidade está ranqueada com valores mais baixos na escala contínua para as FNND. A variabilidade está presente em todas as formas, sendo menos presente nas FV, e representa a existência de mais de um mapeamento inputoutput. Os resultados evidenciam que os falantes do dialeto gaúcho realizam HVA com mais frequência em uma sequência vocálica heterorgânica com uma vogal alta tônica contígua para formas nominais em geral, e com mais frequência em uma sequência vocálica homorgânica com vogal alta contígua para as formas verbais. A exigência de que a vogal-alvo deve ser seguida por uma vogal alta tônica é mais importante para formas nominais do que para verbos em geral.As análises estocásticas realizadas, que representam a gramática dos falantes do dialeto em questão, atestaram a natureza variável da HV, com proporções baixas de realização. A dominância de restrições foi demonstrada no ranking contínuo da TO Estocástica. Também foi possível realizar reflexões e direcionamentos para futuros estudos sobre o tema, como a influência de consoantes adjacentes à vogal alvo da harmonia. |