Morfemas derivacionais e compostos do português brasileiro na fala de crianças de dois e sete anos de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lima, Patrícia Antunes Nunes de
Orientador(a): Schwindt, Luiz Carlos da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/76224
Resumo: O objetivo desta pesquisa é contribuir para os estudos sobre aquisição da linguagem, especificamente sobre aquisição da morfologia. Neste trabalho, assumimos a perspectiva gerativista, de base chomskiana, no que concerne à concepção de conhecimento internalizado e de gramática. O que entendemos, aqui, como conhecimento lingüístico, pode ser formalizado a partir do conceito de gramática. Essa gramática está organizada em submódulos: fonológico, morfológico, sintático e semântico. Este trabalho, almejando adequação descritiva, olha para o submódulo morfológico, com o intuito de investigar a aquisição da morfologia por crianças de 2:0 a 7:0 anos de idade. Com maior especificidade, investigaremos a ordem de aquisição de morfemas derivacionais e compostos, a tipologia e produtividade dos mesmos. Após, compararemos a linguagem infantil com a adulta quanto à proporcionalidade do uso destes processos. Para tanto, procedemos à descrição de afixos derivacionais e compostos através da audição das fitas, transcrição, organização e tabulação dos dados. Por fim, procedemos à análise. Nos debruçamos, para tal objetivo, sobre uma amostra de 62 crianças (31 meninos e 31 meninas), com idades entre 2:0 e 7:0, divididas em intervalos de 2 meses e com desenvolvimento fonológico normal. Os dados que fazem parte do presente estudo pertencem aos seguintes bancos: AQUIFONO, que pertence ao CEAAL (PUCRS e UCPel), DELICRI (UFRGS), Dicionário Aurélio Eletrônico (versão 3.0) e VARSUL (UFRGS, PUCRS, UFSC e UFPR). Após a análise dos dados, realizamos a comparação da linguagem infantil com a linguagem adulta, para averiguar se os afixos e compostos que aparecem na fala infantil são usados por adultos com a mesma proporcionalidade. Os resultados obtidos revelaram o que segue. - O aumento de prefixos, sufixos e compostos foi verificado na passagem da primeira para a segunda faixa etária. Além disso, os compostos mostraram progressão moderada. - Os afixos e compostos utilizados pelas crianças respeitam aspectos de uso, relacionado ao input recebido pelos pais. - Quanto ao status prosódico, a hipótese de que afixos que são palavras fonológicas surgem primeiro na linguagem infantil, parece não poder ser confirmada pelos dados. - No que se refere à produtividade dos afixos e compostos, verificamos que os prefixos, sufixos e compostos mais usados pelas crianças são também produtivos na língua portuguesa.