Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Carlos Eduardo de Mello |
Orientador(a): |
Lopes, Rita de Cassia Sobreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/251791
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi escutar as narrativas de professores homens atuantes na Educação Infantil nos estados brasileiros do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, sob a perspectiva de suas masculinidades. Analisamos o mal-estar ao qual são submetidos ao atuarem nessa etapa inicial da educação básica, bem como a potência desses sujeitos que tensionam o paradigma hegemônico masculino, produzindo uma desconstrução da “Pedagogia da Virilidade”. A área da educação é majoritariamente ocupada por mulheres, e na Educação Infantil, que atende crianças de zero a cinco anos de idade, essa característica exacerba-se. Por ser uma etapa escolar na qual as crianças necessitam de cuidados mais próximos, inclusive corporais, a docência masculina parece ter sido destinada a um lugar de impossibilidade em relação a esse trabalho. A partir de uma pesquisa de caráter qualitativo, realizaram-se encontros grupais utilizando a Conversação como dispositivo metodológico. Participaram do estudo oito professores homens que atuam em escolas de Educação Infantil, diretamente nas salas de aula. A partir da análise dos dados, realizada a partir da escuta clínica, emergiram três eixos que versam sobre os significantes: "problema", "diferença" e "potência". Em relação ao primeiro significante, os professores verbalizaram que suas presenças são vistas como um problema tanto pelas famílias quanto pelas instituições escolares. A questão da diferença surgiu como uma forma de localizar o fazer pedagógico masculino em oposição ao feminino em diferentes aspectos. Por fim, os professores salientaram a potência e o desejo de estarem em espaços educacionais voltados à primeira infância. Os resultados apontam para a necessidade de uma formação em Pedagogia que acolha as masculinidades, para uma desgenirificação do cuidado e para a construção de um campo de atuação que respeite e deseje a diversidade. Este estudo apoiou-se nos Estudos das Masculinidades em diálogo com a Psicanálise. |