O olhar e o mito: a (re)criação de Lisboa em A Cidade de Ulisses, de Teolinda Gersão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Orivaldo Rocha da lattes
Orientador(a): Santos, Elaine Cristina Prado dos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26669
Resumo: Este trabalho tem por objetivo identificar a especificidade do olhar dispensado ao espaço urbano de Lisboa, em combinação a aspectos associados ao mito, presentes no romance A Cidade de Ulisses (2011) da escritora portuguesa contemporânea Teolinda Gersão. Nele, olhar e mito seriam os responsáveis pelo trabalho de (re)criação da cidade de Lisboa. Partindo-se, pois, da constatação básica da existência de categorias diferentes de olhares no que tange à produção literária portuguesa compreendida em período delimitado por obras concebidas nos séculos XX e XXI e que tiveram por objeto temático a capital lisboeta, privilegiou-se nesta investigação a abordagem do olhar presente no romance de 2011 de Gersão. Além dele, examina-se também a construção estética que se evidencia por outros dois olhares que se prestaram a configurar o espaço urbano em questão, os de Fernando Pessoa no Livro do Desassossego (1999) e o de José Saramago em História do cerco de Lisboa (1989). Como tentativa de particularizar as análises propostas aos três diferentes olhares dispensados à cidade de Lisboa, denominou-se o de Pessoa como a categoria do olhar contemplativo (a partir da perspectiva do alto), o de Saramago como a categoria do olhar desdobrado (a partir da perspectiva do paralelo) e o de Gersão como a categoria do olhar de origem (a partir da perspectiva do mito), justamente esse último como o único potente a ponto de ser capaz de criar e (re)criar o espaço urbano de Lisboa.