Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lima, Dulcilei da Conceição
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Orientador(a): |
Araujo, Paulo Roberto Monteiro de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24714
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Resumo: |
O presente trabalho discute o processo de mitificação que garantiu a manutenção de Luíza Mahin no imaginário afrobrasileiro. Parte-se do pressuposto de que o Feminismo Negro foi o principal responsável pelo seu desenvolvimento enquanto mito. Para tanto, foram analisadas as produções de Luiz Gama, Pedro Calmon e Arthur Ramos, entendidas aqui como norteadoras das produções das feministas negras. No período estabelecido entre 1980 e 2006 foram analisadas ações do Feminismo Negro que resultaram no fortalecimento de Luíza Mahin no imaginário afrobrasileiro como a cartilha Mulher Negra tem História, poemas das escritoras Alzira Rufino e Miriam Alves, a inauguração da Praça Luiza Mahim entre outras, por fim o romance Um defeito de cor de Ana Maria Gonçalves. Considerada uma das figuras de maior representatividade na memória do movimento negro, Luíza Mahin mãe do poeta, advogado e abolicionista Luiz Gama teria sido uma das líderes da maior revolta de escravos de que se tem notícia no Brasil, o Levante dos Malês, ocorrido na cidade de Salvador em 1835. No intuito de superar a violência simbólica exercida pelos estereótipos em torno da mulher negra, o Feminismo Negro procurou positivar a imagem das afrobrasileiras recorrendo à reelaboração e valorização das histórias de suas antecessoras. Consideradas heroínas, as trajetórias dessas mulheres foram também empregadas no sentido de forjar uma identidade que favorecesse a luta empreendida pelas organizações de mulheres negras. Compreende-se aqui o mito como agente na configuração de identidades individuais ou coletivas conforme a perspectiva de Ernest Cassirer em Filosofia das Formas Simbólicas, segundo a qual o mito como matriz de significação viabiliza a apreensão do mundo permitindo à consciência humana agir sobre ele. Justifica-se assim a afirmação feita pelo historiador João José Reis, em que define Luíza Mahin como um mito libertário |