Projeção de taxas de câmbio. É possível superar o modelo de passeio aleatório ?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Hadad Junior, Eli lattes
Orientador(a): Marçal, Emerson Fernandes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23267
Resumo: O estudo seminal de Meese e Rogoff sobre projeção de taxas de câmbio teve um grande impacto na literatura financeira internacional. Os autores mostram que as projeções da taxa de câmbio com base em modelos estruturais não conseguem superar o passeio aleatório simples. Este resultado é conhecido como o quebra cabeça de Meese e Rogoff. Embora a validade desses resultados tenha sido verificada para muitas moedas, os estudos para a moeda brasileira não são tão comuns. O Brasil é um dos mais proeminentes economias de mercados emergentes, mas só depois de 1999, o país adotou o regime de câmbio flutuante sujo. Rossi realizou um extenso estudo sobre o quebra cabeça de MR embora não tenha analisado os dados brasileiros. O objetivo deste trabalho é executar um “pseudo experimento em tempo real” para investigar se as previsões baseadas em modelos econométricos que utilizam os fundamentos sugeridos pela teoria monetária da taxa de câmbio dos anos 80 pode bater o modelo aleatório para o caso brasileiro e para um conjunto de países. O trabalho tem três diferenças em relação ao trabalho de MR e de Rossi. Usa-se a técnica de correção de viés (bias correction), combinação de previsões na tentativa de melhorar a precisão das previsões e também a combinação das projeções de passeio aleatório com as projeções dos modelos estruturais verificando se é possível melhorar a precisão das previsões ainda mais. Os resultados obtidos estão alinhados com os obtidos por Rossi. Verifica-se que é factível superar as previsões geradas pelo passeio aleatório com drift para os dados brasileiros, mas é muito difícil superar o passeio aleatório sem drift. Para os outros casos foram encontradas situações de modelos que superam o passeio aleatório sem drift, porém não são modelos generalizáveis. Os resultados do trabalho sugerem que é mandatório ter os passeios aleatórios com e sem drift como uma referência para se afirmar que os resultados de MR não são válidos.