Entrelaçamento: percepções e experiências vivenciadas na formação de conceitos por cegos congênitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rodrigues, Marta Cristina lattes
Orientador(a): Masini, Elcie F. Salzano lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24638
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo principal compreender o processo de aquisição de conceitos pelo adolescente com cegueira congênita. A pergunta diretriz foi: Como o adolescente com cegueira congênita constrói conceitos? Como objetivo geral, buscou-se identificar as características das vias perceptuais que propiciam a essa pessoa construir conceitos. Como objetivo específico, delinear especificidades referentes à percepção para a aquisição de conceitos pelo adolescente com cegueira congênita. Os participantes da pesquisa foram cinco adolescentes com idades entre doze e quinze anos, escolhidos por apresentarem cegueira congênita, matriculados em escolas públicas da cidade de São Paulo. Tratou-se de pesquisa de cunho qualitativo, na qual foram utilizadas como instrumento de coleta de dados entrevista semiestruturada, que foi iniciada solicitando-se aos participantes que falassem sobre as coisas que conheciam do mundo em que viviam. O registro foi feito por meio de gravação de áudio, o que permitiu captar as informações imediatas, o modo como foram expressas. Quando necessário, foi solicitado aos sujeitos que aprofundassem suas falas, trazendo mais detalhes sobre a temática abordada. O referencial teórico adotado pautou-se na teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (1968, 2003) e em autores como Masini e Moreira (1999, 2003, 2006, 2008, 2009); na fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty (1971, 1975, 1990, 1992, 1997) e em autores que pesquisam a deficiência visual, como Amiralian (1997), Bruno (1993, 1997, 1999), Ochaita (1983, 1984, 1995), Ormelezi (2000, 2006), Sacks (1995) e Vygotsky (1997, 2007); em estudos sobre a aprendizagem da pessoa com deficiência visual, sobre a construção de conceitos e a percepção. A análise dos dados foi pautada na análise de conteúdo proposta por Bardin (2010). Como resultados, constatamos que a construção de conceitos pelo adolescente cego congênito acontece a partir do seu próprio referencial perceptivo, de suas experiências e de acordo com as especificidades do seu perceber, sentir, organizar-se e relacionar-se no e com o mundo.