Verificação das propriedades psicométricas da bateria de visualização e raciocínio da Leiter-R em crianças dos 2 aos 8 anos e nos distúrbios do desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Mecca, Tatiana Pontrelli lattes
Orientador(a): Macedo, Elizeu Coutinho de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/24525
Resumo: Uma das possibilidades de avaliar a inteligência de pessoas com distúrbios do desenvolvimento é por meio de testes não-verbais como Escala Internacional de Inteligência Leiter-R. Os objetivos do presente deste estudo foram verificar evidências de validade e fidedignidade da Leiter-R para crianças dos 2 aos 8 anos de idade, pertencentes a escolas públicas e privadas, bem como em indivíduos com Síndrome de Down (SD) e Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Foram avaliadas 695 crianças de escolas regulares da cidade de São Paulo. Os coeficientes de Kuder-Richardson e Método das Metades com correção de Spearman-Brown mostram-se adequados para a amostra geral. Mas a precisão variou entre os subtestes de acordo com cada faixa etária. Foram verificadas correlações, em geral, de magnitude moderada entre teste-reteste. Análise Fatorial exploratória indicou 2 fatores na Leiter-R, corroborando o modelo de estrutura interna do teste. Análises de variância foram conduzidas e revelaram diferenças estatisticamente significativas entre as idades, com aumento progressivo dos escores. Diferenças significativas também foram observadas entre crianças de escolas públicas e particulares. Entretanto, não foram verificadas diferenças de gênero para o escore total e para os subtestes. Foram realizadas Correlações de Pearson entre a Leiter-R e outros instrumentos que avaliam inteligência, bem como outros construtos. Os resultados indicaram correlações com testes que avaliam inteligência, sendo maiores valores observados com o teste SON-R 2½-7[a]. O desempenho na Leiter-R também se correlacionou com memória de trabalho, escrita em pré-escolares, e com nomeação rápida de objetos. Análise de Regressão Linear verificou a capacidade preditiva da Leiter-R em habilidades acadêmicas de leitura de palavras e aritmética. O segundo estudo verificou o perfil na Leiter-R de crianças com SD e com TEA. Participaram 30 crianças com SD e 40 com TEA pareados com grupo controle por sexo, idade (em meses) e tipo de escola. Os resultados apontaram para diferenças estatisticamente significativas entre SD e controle, indicando que a Leiter-R é capaz de discriminar grupos com diferentes níveis de funcionamento intelectual. Nos TEA diferenças foram observadas para o grupo controle em tarefas de raciocínio indutivo e sequencial, discriminação e síntese visual. Mas não foram observadas diferenças em tarefas com demandas visuo-espaciais. Análises intra-grupo mostraram perfis diferentes dos grupos clínicos em relação ao perfil dos controles, indicando possíveis áreas de forças e fraquezas. Nos TEA também foi verificada heterogeneidade de perfis a partir de análise de clusters e comparação entre eles. Observaram-se correlações entre a Leiter-R, funcionamento adaptativo e sintomas relatados pelos cuidadores. Por fim, análise de funcionamento diferencial do itemapontou DIF para alguns itens, em sua maioria a favor do grupo com SD. Desta forma, os resultados do presente estudo mostraram adequação das propriedades psicométricas da Leiter-R e da sua utilização em indivíduos com distúrbios do desenvolvimento.