Do diário de bordo ao livro-objeto: proposições pedagógicas para a experiência na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Batista, Paulo Roberto Cosme
Orientador(a): Rizolli, Marcos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28852
Resumo: A presente pesquisa teve como finalidade estudar a hipótese da criação de um livro-objeto em um formato cartográfico a partir das atividades realizadas por alunos da educação infantil de uma escola da rede pública localizada na Grande São Paulo, valorizando as experiências artísticas vividas pelos alunos e que foram sendo registradas em um diário de bordo, instrumento exclusivo do professor da turma e autor desta dissertação. As atividades que utilizamos para confeccionar nossos livros-objetos foram realizadas em um dia especifico da semana. Os alunos, além de produzirem as atividades propostas pelo professor, tiveram contato com as biografias de alguns artistas e suas obras (livros de artista e livros-objetos). A finalidade de apresentar tais produções foi preparar os estudantes e trazer esclarecimentos na construção de seus próprios livros-objetos, levando-os a experienciar o ato do fazer criativo e participativo, assumirem-se como protagonistas nessa etapa de suas vidas e produzirem cultura. Assim como o professor que em suas práticas pedagógicas utiliza o diário de bordo como instrumento de avaliação e reflexão, os artistas utilizam suas anotações (atualmente conhecido como caderno de artista) para registrar seus processos de criação para que, no futuro, possam revisitar e refletir sobre suas ideias. Desta forma, a pesquisa destacará significativos educadores cujas obras tornam as Artes protagonistas do processo pedagógico. Teixeira e Westbrook (2010) apresentam a teoria do pedagogo John Dewey, que defende a premissa da experiência de aprendizagem depender da organização do meio com estímulos e materiais adequados para que os interesses e forças da criança entrem em operação; para ele, a educação se dá pela reação do aluno a este ambiente, numa vivência que modifica a esses dois polos. Já os arte-educadores Barbosa e Cunha (2010) fortalecem a ideia do ensino por meio da arte, conhecida como Abordagem Triangular, sustentada em três pilares: conhecer a história, o próprio fazer artístico e saber apreciar uma obra de arte. Reafirmando a potência das Artes nos processos pedagógicos, apoiaremos nosso estudo em Hernández (2017) que propõe ao professor deixar o papel de mero transmissor de conhecimento para atuar como pesquisador junto com seus alunos; nessa perspectiva, o discente torna-se o centro de todo processo de ensino. Além disso, temos Schon (2018) que conduz o professor ao processo de reflexão-na-ação, um ensino cuja capacidade de refletir é estimulada através da interação educador-aluno em diferentes situações práticas. A pesquisa destacará, também, o ponto de vista da Arte sobre os Livros de Artista, através da obra de Silveira (2008); seu pensamento nos traz enorme contribuição ao discorrer sobre o início e os variados tipos de livros de artistas e livros-objetos, com base nos trabalhos de artista internacionais e nacionais. O autor sugere que os níveis atingidos não só são capazes como necessitam ser ferramentas da definição e tipificação da obra e da classe na qual ela se inclui, a partir de certas amostras de livro ilustrado até todo e qualquer livro-objeto.