A personagem silenciada : ficção e repressão nos anos 1970

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rocha, Fernanda Reis da lattes
Orientador(a): Pereira, Helena Bonito Couto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25474
Resumo: As décadas de 1960 e 1970 proporcionaram, para diversos países, situações decisivas e únicas que, de diferentes maneiras, repercutiram não somente em seu território, mas também além de suas fronteiras. No Brasil, tal período corresponderia a dois importantes fatos: o início, já em 1964, de um governo ditatorial - marcado pela repressão, o cerceamento, o medo e a censura – e o anseio de muitas mulheres pela emancipação e pelo exercício e participação mais ativa em diferentes esferas sociais. Muitas são as obras contemporâneas – acadêmicas e literárias - preocupadas em debater ambas as temáticas: dentre as pertencentes ao último grupo, selecionamos Em câmara lenta (1977), de Renato Tapajós, e K. (2011), de Bernardo Kucinski como escopo central do presente trabalho. Buscando responder de que maneira o contexto político-social experimentado pelo Brasil durante os dois decênios já citados personifica-se, principalmente, nas duas protagonistas femininas – criadas tendo como inspiração pessoas reais e ligadas aos autores - nossa pesquisa embasou-se primeiramente na leitura e análise das duas ficções e, em um segundo momento, em produções e pesquisas de teóricos como Elio Gaspari, Marcelo Ridenti, Rose Marie Muraro, Antonio Cândido, Renato Franco, Sandra Reimão, Márcio Selligmann Silva, e Michel Zéraffa e também em documentos oficiais, como os elaborados pela Arquidiocese de São Paulo, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos e Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Embora distantes cronologicamente, essas narrativas apresentam temáticas e recursos estilísticos próximos e suas figuras femininas destacam-se por uma forte carga emocional, uma irremediável influência na história de vida dos demais personagens e por uma característica marcante: o silenciamento.