Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Maia, Gisele Gomes
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Orientador(a): |
Lajolo, Marisa Philbert
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25163
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Resumo: |
Considerando que a narrativa Alice’s Adventures in Wonderland, clássica história da literatura infantil inglesa, foi inicialmente contada oralmente por seu autor Charles Ludwig Dodgson (que posteriormente a publicou sob o pseudônimo de Lewis Carroll) a três meninas da família Lidell, entre elas Alice, em um passeio de barco, buscaremos na obra indícios da oralidade, como alguns trechos explicativos, descritivos e/ou interativos, que permanecem no texto escrito, revelando um diálogo estabelecido entre autor e leitores pela intermediação do narrador. Para isso, consideraremos três versões do mesmo texto: o manuscrito original Alice’s Adventures Under Ground, a obra publicada Alice’s Adventures in Wonderland e a versão abreviada para crianças pequenas The Nursery Alice. A partir disso, verificaremos a permanência desse diálogo em três traduções para a Língua Portuguesa, sendo elas as realizadas por Monteiro Lobato (1931), Ana Maria Machado (2000) e Tatiana Belinky (2008). Atentar-nos-emos em especial à de Monteiro Lobato, por ser a primeira tradução da obra para a Língua Portuguesa e porque apresentou preocupação em adaptar não apenas a linguagem, mas também os elementos espaciais e as personagens da obra para a cultura brasileira. Consideramos a hipótese de que essa interação seja fator que contribua para a permanência da obra até os dias de hoje, sendo considerada um clássico da literatura universal, uma vez que traz intervenções em sua leitura, auxiliando leitores de diferentes contextos (espaciais e temporais) na sua compreensão. Além disso, buscaremos analisar como esse recurso de interação parece ter sido utilizado em outros casos da Literatura Infantil Brasileira, como em obras de Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Lygia Bojunga, entre outros. Para a realização de tal estudo, nos apoiaremos na noção de sistema literário de Antonio Candido (1959), em estudos sobre tradução literária de Bassnet (1980) e estética da recepção de Iser (1983), e nas concepções de formação de leitores e mediação de leitura de Hunt (1991), Lajolo (2001), Colomer (2003) e Petit (2008). |