Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Martins, Mariângela Figueira de Mello
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Orientador(a): |
Bataglia, Walter
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23370
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Resumo: |
O ambiente operacional, definido como o ambiente mais imediato e relevante para a empresa, tem sido tema de ampla pesquisa na teoria de administração, em especial na área de estratégia, devido à sua importância determinante na escolha estratégica e no desempenho das empresas. Resultados de estudos anteriores indicam que a opção estratégica pela diversificação dependente das condições ambientais. Em paralelo, o aumento da diversidade e da interação entre os mercados incentiva as firmas à diversificação a fim de obter vantagem por meio de produtos diferentes e de maior valor para públicos diversos. Tal contexto indica que existe relação entre o ambiente e a estratégia de diversificação, além de sua relação com o desempenho das organizações. No entanto, a literatura acerca da relação entre diversificação e determinantes do desempenho financeiro ainda é inconclusiva. O presente trabalho se propôs a agregar conhecimento ao tema, por meio da análise da relação entre os construtos diversificação, desempenho financeiro e ambiente operacional, inserindo-se na discussão internacional sobre o ambiente e sua influência sobre as organizações. Assim, foram examinadas as hipóteses de que as dimensões ambientais munificência, complexidade e dinamismo exercem influência moderadora sobre a relação entre diversificação e as dimensões crescimento e lucratividade do desempenho das firmas. Foram utilizados modelos de análise fatorial e de regressão múltipla aplicados sobre a indústria de manufatura norte-americana. Utilizando-se de bases de dados do U.S. Bureau of Census, referentes ao período de 2002 a 2007, a análise fatorial foi realizada no nível do setor de atividade empresarial para cálculo dos escores fatoriais correspondentes às dimensões ambientais, conforme o modelo de mensuração originalmente proposto por Dess e Beard (1984). Foi considerado um conjunto de 169 setores válidos e com dados disponíveis do total de 272 setores com código NAICS de 5 dígitos. Os escores fatoriais foram aplicados em um modelo de regressão múltipla que relacionou as características das dimensões ambientais dos 169 setores manufatureiros com o grau de diversificação e o desempenho financeiro de 994 empresas pertencentes aos mesmos. Os dados das empresas foram obtidos na base de dados Compustat. Os resultados confirmaram a existência de relação linear entre o crescimento, a diversificação e as variáveis ambientais complexidade e munificência. Contudo, apesar do modelo de regressão ser estatisticamente significante, a explicação proporcionada pelas variáveis é muito pequena, deixando clara a oportunidade para que novos estudos busquem ampliar a compreensão do efeito da diversificação nas firmas. Por sua vez, a hipótese de influência de moderação do ambiente operacional na relação entre desempenho e diversificação não foi confirmada. O trabalho contribui para a gestão estratégica, ao apontar a importância de que os gestores avaliem as condições ambientais no processo de escolha estratégica, diante de sua influência sobre o desempenho. O trabalho também teve sua contribuição metodológica ao confirmar as dimensões ambientais propostas por Dess e Beard (1984) para o construto ambiente operacional. |