Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Saad , Andressa Gouveia de Faria |
Orientador(a): |
Amato, Cibelle Albuquerque de La Higuera |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33429
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Resumo: |
O direito de alunos com deficiência frequentarem escolas regulares é garantido por lei em nosso país. Ao mesmo tempo, em que a inclusão escolar ainda representa um grande desafio para os profissionais da educação, da saúde, famílias e sociedade. Este estudo teve como objetivo de construir, validar o conteúdo, implementar e testar a viabilidade de uma Trilha digital informativa de apoio a professores e equipe escolar do Ensino Fundamental I e II no processo de inclusão escolar de alunos com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Os conteúdos foram desenvolvidos com o intuito de fornecer informação de qualidade, baseadas em evidências científicas, em linguagem acessível, promovendo envolvimento, motivação e engajamento dos usuários, em específico, professores e profissionais da equipe escolar. A Trilha foi composta por seis módulos com os seguintes temas: 1: A importância da Educação Inclusiva; 2: Os Transtornos do Neurodesenvolvimento; 3: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA); 4: O papel da comunidade escolar na inclusão de alunos com TEA; 5: Promovendo a Aprendizagem de alunos com TEA; 6: Dividindo experiências e multiplicando saberes. E a pesquisa foi estruturada em dois estudos: Estudo 1: Validade de conteúdo como indicador de efetividade e Estudo 2: Verificação de indicadores de efetividade e aplicabilidade. Para o Estudo 1 a Trilha foi organizada em formato de e-book e enviada a 5 juízes especialistas juntamente com um checklist para verificação da validade de conteúdo, em relação a três critérios: Objetividade, Clareza e Precisão. Foi realizada a análise descritiva para as categorias de respostas de cada avaliador. Os resultados do Estudo 1 evidenciaram que houve concordância dos avaliadores na dimensão de objetividade (0,8211). Também houve concordância similar nas dimensões de clareza (0,7947) e precisão (0,7737). Podemos concluir que existe um alto percentual de concordância total em relação ao conteúdo. Para o Estudo 2: Os conteúdos foram disponibilizados aos usuários, pela plataforma Google Classroom, de maneira assíncrona e instrucional. Os indicadores de efetividade e aplicabilidade foram avaliados a partir das respostas dos usuários coletados por meio de dois questionários autoaplicados: na primeira etapa foram registradas as inscrições de 315 interessados e 93 deles responderam ao Questionário 1. Posteriormente, percorreram a trilha informativa, e 34 deles finalizaram o treinamento e responderam ao Questionário 2. Os dados obtidos foram submetidos à análise quantitativa. Os resultados evidenciaram que a Trilha teve uma boa aceitação pelos usuários. A totalidade dos participantes confirmou que o conteúdo abordado na Trilha teria uma contribuição positiva para sua atuação futura com alunos com TEA. Todos os participantes (100%) responderam que recomendaria a realização da Trilha para colegas de profissão. 23,5% dos participantes manifestaram que ao repensarem sua atuação com alunos com TEA, mudariam sua atitude totalmente, e 70,6% manifestaram que mudaria sua atitude em alguns aspectos, inferindo que os conteúdos tiveram impacto em sua atuação. Os objetivos propostos por esta pesquisa foram alcançados na medida em que os conteúdos foram validados pelos juízes especialistas, bem como a efetividade e aplicabilidade foram bem avaliadas pelos usuários. Tais resultados podem contribuir para esclarecer sobre os avanços e as limitações da formação e das práticas dos professores, atores centrais na promoção da inclusão escolar de alunos com TEA e assim colaborar com pesquisas que promovam o uso de evidências científicas para a melhoria da formação continuada destes profissionais e das políticas educativas. |