“O sertão mudou ligeiro demais”: identidade, memória e intertextualidade em Dora sem véu, de Ronaldo Correia de Brito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira Neto, Haymone Leal
Orientador(a): Machado, Alleid Ribeiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33532
Resumo: Esta dissertação investiga a representação literária da fragmentação das identidades nordestinas no romance Dora sem véu (2018), do premiado escritor cearense Ronaldo Correia de Brito. A fim de cumprir tal objetivo, fazemos uma análise crítica e interpretativa da obra, ancorada nas transformações recentes do Nordeste brasileiro. Para tanto, baseamo-nos nas teorias de autores como Stuart Hall (2006), Peter Berger e Thomas Luckmann (2004) e Zygmunt Bauman (2021) sobre a identidade na pós-modernidade e as consequências sociais da globalização, bem como nos estudos sintetizados por Joël Candau (2021) acerca da relação entre identidade e memória. Para além disso, a partir das teorias da intertextualidade compiladas por Tiphaine Samoyault (2008) e Leyla Perrone-Moisés (2005), e nos estudos de Robert Alter (2007) sobre a natureza compósita da Bíblia Sagrada, mostramos como o romancista faz uso da biblioteca, do ethos de escritor sertanejo e da própria produção como cronista para compor a sua narrativa. Por fim, abordamos a relação entre o romance e a concepção de mito de Hermann Broch (2002) e associamos a jornada de Francisca com a ideia de hospitalidade estudada por Jeanne Marie Gagnebin (2009).